Coimbra

Universidade de Coimbra ajuda a desenvolver sistema de ar condicionado automóvel com ruído reduzido

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 12-08-2020

Um consórcio formado pelo Centro Tecnológico da Indústria de Moldes e pela Universidade de Coimbra (UC) projeta desenvolver ventiladores que “reduzam substancialmente o ruído dos sistemas de ar condicionado automóvel”, foi hoje anunciado.

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Um projeto de investigação que reúne a UC e o Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (CENTIMFE), da Marinha Grande, pretende “suportar uma empresa nacional no desenvolvimento de ventiladores inovadores que reduzam substancialmente o ruído dos sistemas de ar condicionado automóvel”, afirma a Universidade de Coimbra numa nota enviada hoje à agência Lusa.

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Esses ventiladores “poderão ser integrados na próxima geração de automóveis elétricos”, sublinha.

Designado ‘TOOLING4G – Minimize the airflow generated noise on automotive HVAC systems’, o projeto de investigação deverá servir de exemplo para demonstrar que “a computação de alto desempenho (high performance computing, HPC na sigla em inglês) pode trazer grandes benefícios para as pequenas e médias empresas (PME)”, acrescenta.

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O TOOLING4G é “o primeiro projeto português” com a “chancela da iniciativa SHAPE da rede europeia PRACE (Partnership for Advanced Computing in Europe)”, que tem por missão fornecer às PME europeias “a experiência necessária para beneficiarem das possibilidades de inovação criadas pela computação de alto desempenho, aumentando assim a sua competitividade”.

As simulações dos inovadores ventiladores serão feitas no Laboratório de Computação Avançada da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Coimbra, “usando os sistemas de computação avançada – vulgarmente denominados supercomputadores Navigator e Navigator Plus”, adianta a UC.

Ao todo, vão ser utilizados “pelo menos 64 núcleos de processadores que, em conjunto, vão executar sofisticados e complexos cálculos a um ritmo “ultrassónico”, equivalente a 250 mil horas de computação tradicional num só processador.

“Este projeto está em linha com a evolução da oferta de vanguarda e de diferenciação tecnológica, em especial nos domínios do ‘design for manufacturing’, que caracteriza a competitividade internacional das empresas do nosso ‘cluster’, ao longo dos últimos 30 anos, no desenvolvimento de produtos globais da generalidade dos setores industriais”, refere Rui Tocha, diretor-geral do CENTIMFE, centro tecnológico que integra e suporta o desenvolvimento do cluster das indústrias de moldes e plásticos.

A investigação pretende “lançar sementes para um futuro próximo”, destaca, citado pela UC, o coordenador do projeto, Pedro Vieira Alberto.

“A computação de alto desempenho pode fornecer uma grande vantagem competitiva” às PME, permitindo-lhes “obter produtos mais inovadores e sofisticados e de forma muito mais rápida”, defende.

Com recurso a supercomputadores, “é possível otimizar processos e aumentar a produtividade, assim como reduzir custos e aumentar a qualidade e a velocidade da produção”, sublinha ainda o também responsável pelo Laboratório de Computação Avançada da UC.

O projeto é “uma prova de conceito, ou seja, o consórcio vai tentar demonstrar que este tipo de recursos [HPC] é realmente útil” para as PME, conclui Pedro Vieira Alberto.

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