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“Um fait divers de provocação populista”. PS critica ameça de Silva sobre IP3
A concelhia de Coimbra do Partido Socialista criticou este domingo, 15 de outubro, as declarações do presidente da câmara José Manuel Silva sobre a possibilidade de cortar a A1 Lisboa – Porto e a linha do Norte para que o Itinerário Principal 3 (IP3) seja transformado em autoestrada.
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No entender dos socialistas, trata-se de “um fait divers de provocação “populista” do sr.Presidente José Manuel Silva, visto que já no passado dia 4 de julho fez semelhantes e indignas declarações em pleno feriado municipal de Coimbra”. Em nota de imprensa, a concelhia PS refere que “o incitamento à desordem pública não são dignas de um Presidente da Câmara Municipal de Coimbra”.
“Relembramos ao sr.Presidente da CMC que finalmente e graças ao trabalho de um Governo do PS, está em curso uma verdadeira requalificação em perfil de autoestrada dos 75km do IP3 entre Coimbra e Viseu, uma obra cujo concurso público no valor de 130 milhões de euros foi lançado no dia 17 de julho de 2023”, refere o presidente Ricardo Lino.
Na mesma nota, os socialistas referem ainda que se trata “da maior obra rodoviária de sempre financiada diretamente pelo Orçamento do Estado, sem recurso a fundos europeus”. Dessa forma, e sendo um obra com um prazo de intervenção de aproximadamente 900 dias, “não pode ser executada de uma só vez para evitar constrangimentos rodoviários, tendo-se optado pela divisão do projeto em três fases de trabalhos: troço entre Santa Comba Dão e Viseu; troço entre Souselas e Penacova; e troço entre Penacova e Santa Comba Dão”.
“No PS de Coimbra não confundimos “boas novas com boas festas” sr.Presidente e lamentamos, profundamente, que se tenha inspirado nos “invasores bolsonaristas do Senado Brasileiro”, lembram.
O desafio de José Manuel Silva foi dirigido este sábado aos autarcas da região e de Viseu. Nas declarações prestadas no IP3, no final da chamada “descida do Botão”, o presidente da câmara de Coimbra mostrou-se descontente pelo facto dos autarcas desta região ainda não se terem motivado suficientemente “– e por isso têm responsabilidades naquilo que se passa – para aceitar o desafio da Câmara Municipal de Coimbra, que é juntarmo-nos todos e sermos consequentes nas nossas ações reivindicativas, cortando o trânsito na linha [ferroviária] do Norte e na autoestrada A1”.
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