A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) anuncia que já foram realizados mais de nove mil rastreios à diabetes tipo 1 em crianças e jovens no âmbito da campanha “O seu filho tem um dedo que adivinha”, que teve início em setembro de 2024, integrado no projeto europeu EDENT1FI que procura rastrear 200.000 crianças e jovens em vários países europeus.
Em apenas um ano, a associação está prestes a atingir o objetivo de dez mil rastreios, meta inicialmente definida para os quatro anos de duração da campanha. A iniciativa tem contado com a colaboração de diversas entidades, entre as quais escolas e coletividades infantojuvenis, profissionais de saúde e unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente as Unidades Locais de Saúde de Matosinhos e Beja, que têm desempenhado um papel fundamental na implementação e divulgação da campanha.
“Estamos extremamente orgulhosos por assinalar o primeiro ano de campanha com resultados tão positivos, depois de, em apenas seis meses, termos conseguido ultrapassar os cinco mil rastreios”, congratula-se João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP. “Atingir os nove mil rastreios é prova do compromisso das nossas equipas, do envolvimento de diferentes parceiros, mas, acima de tudo, da participação dos pais e famílias e do seu empenho com a saúde e o bem-estar dos filhos. O regresso às aulas é o momento ideal para reforçar esta mensagem: a prevenção é a chave para um futuro mais saudável e com mais oportunidades de aprendizagem.”, remata.
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A campanha “O seu filho tem um dedo que adivinha” tem como objetivo detetar precocemente a diabetes tipo 1 em crianças e jovens, entre os 3 e os 17 anos, através de um teste simples – uma picada no dedo, para recolher uma gota de sangue -, que consegue identificar se já existe um processo de destruição das células que produzem insulina no pâncreas.
“A colaboração com as unidades do SNS, bem como a abertura de outras entidades para estarmos presentes em diversos contextos, tem sido determinante. A deteção precoce pode mudar vidas e cabe a cada um de nós contribuir para melhorar a vida de crianças e jovens em fase pré-sintomática da diabetes tipo 1.”, reforça Raquel Coelho, coordenadora do Departamento de Crianças e Jovens da APDP, acrescentado: “esperamos, com os resultados deste projeto, contribuir para dar os primeiros passos para implementar o programa nacional de rastreio da diabetes tipo 1”.
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