Portugal

Última aparição de Nossa Senhora poderá ser hipótese “racional”

Notícias de Coimbra com Lusa | 8 meses atrás em 16-09-2024

Os autores do livro “Deus e a Ciência, as Provas” defendem que o “milagre do Sol”, de outubro de 1917, aquando da última aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria, encontra na intervenção divina uma explicação racional.

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Os franceses Michel-Yves Bolloré (engenheiro informático e mestre em Ciências) e Olivier Bonnassies (licenciado em Teologia) defendem na obra que o “milagre do Sol”, de 13 de outubro de 1917, se encontra na intervenção divina e “qualquer outra hipótese explicativa parece racionalmente impossível”.

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Esta é a convicção dos autores franceses do livro “Deus e a Ciência, as Provas”, que na terça-feira chega às livrarias em Portugal, numa edição da Dom Quixote.

No prefácio, Robert W. Wilson, Prémio Nobel da Física, considera que a obra apresenta “uma visão particularmente interessante sobre a ciência, a cosmologia e suas implicações filosóficas e religiosas”, com os autores a pretenderem apresentar os avanços científicos que provam a existência de Deus.

Segundo a editora, “após três anos de trabalho com mais de 20 cientistas, o livro abala muitas das convicções coletivas, porque conclui que a ciência acredita em Deus”.

Já os autores apontam que o objetivo do livro é dar “os elementos necessários para refletir sobre a questão da existência de um Deus criador, uma questão que se põe hoje em termos completamente novos”.

Com um capítulo sobre o fenómeno de Fátima, o livro dedica particular atenção ao chamado “milagre do Sol”, em 13 de outubro de 1917 e que, segundo a imprensa da época, como o jornal O Século de 15 de outubro, é relatado como o Sol tendo “bailado” em Fátima.

“Foi então que se realizou o milagre prometido por Nossa Senhora três meses antes. O céu que, até então tinha estado coberto de nuvens negras, rasgou-se, deixando ver o sol. Este tomou a forma e a cor de um disco prateado que não feria a vista. Ao mesmo tempo, começou a girar vertiginosamente sobre si mesmo, como uma roda de fogo de artifício. Por três vezes, desceu até à altura do horizonte, como que ameaçando cair sobre a terra”, é assim descrito, em publicação do Santuário de Fátima, o fenómeno ocorrido em outubro de 1917, a que terão assistido mais de 50 mil pessoas reunidas na Cova da Iria, segundo o Diário de Notícias.

No livro, e apontando explicações que rejeitam a possibilidade de se ter estado perante um caso de “alucinação coletiva”, “psicose coletiva” ou “embuste” ou “encenação” – que “seria, de facto, impossível de realizar em pleno céu. Todas as fotos e todos os testemunhos coincidem: passou-se qualquer coisa no meio do céu, no zénite do Sol (…)! Ora, esse é exatamente o único sítio onde é impossível organizar um embuste”, escrevem os autores Bolloré e Bonnassies que avançam para a tese de “milagre”.

“O campo das hipóteses está substancialmente reduzido, e esta é, portanto, a única possibilidade que resta. As circunstâncias deste milagre correspondem exatamente às que poderíamos imaginar para um tal evento: um prodígio inexplicável; anunciado antecipadamente; por crianças incultas; visto por uma multidão enorme; no meio da hostilidade dos poderes instituídos; tendo por objetivo suscitar a fé”, aponta o livro.

Os autores concluem que “esta possibilidade [milagre], a única que resta, só exige uma coisa: a existência de Deus” e que “essa condição única não é uma hipótese irracional, muito pelo contrário”.

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