A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra informa que entrou em produção o Percurso Clínico Integrado (PCI) Peri-operatório da Cirurgia Convencional, um passo estruturante na estratégia de integração de cuidados, digitalização e melhoria ao acesso cirúrgico. Em paralelo, a instituição dá conta dos resultados já alcançados na experiência em curso na Unidade de Cirurgia de Ambulatório do Hospital Geral.
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No próprio dia de go-live da cirurgia convencional, o sistema criou automaticamente 7 PCIs reais, demonstrando a robustez operacional e a prontidão das equipas clínicas e dos sistemas de informação.
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O PCI Peri-operatório integra, de forma quase totalmente automatizada:
-avaliação pré-operatória de todos os doentesinscritos na Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC), com estratificação do risco cirúrgico e encaminhamento para consulta de Anestesiologia, de acordo com esse risco;
-seguimento pós-alta, com alertas clínicos monitorizados pelas equipas de Enfermagem das respetivas especialidades cirúrgicas;
-automação end-to-end, dispensando a criação manual de doentes e a ativação manual de tele-seguimentos.
Na primeira fase, o PCI da cirurgia convencional abrange Ginecologia e Cirurgia Geral, estando prevista em 2026 a expansão progressiva a todas as restantes especialidades cirúrgicas.
A experiência em curso na cirurgia de ambulatório evidencia ganhos claros de escala, adesão e eficiência. Até ao momento, 3.357 doentes encontram-se integrados no PCI, distribuídos por várias especialidades, com destaque para Ginecologia, Urologia, Cirurgia Geral e Oftalmologia.
As métricas de desempenho confirmam a efetividade do modelo: 66% de taxa de resposta ao questionário de avaliação pré-anestésica; 44% de taxa de resposta ao questionário de seguimento pós-alta; 70 alertas clínicos pós-alta gerados e acompanhados pelas equipas.
Um resultado particularmente relevante é que 24% dos doentes avaliados por meio deste sistema podem dispensar consulta presencial de Anestesiologia, o que permite libertar tempo médico para atividades de maior valor acrescentado, nomeadamente a atividade cirúrgica, sem comprometer a segurança do doente.
“Em 2025, a ULS de Coimbra alcançou valores históricos de atividade cirúrgica, aproximando-se de 70.000 cirurgias”, frisa Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS de Coimbra. “A implementação de percursos clínicos integrados e automatizados, como o PCI Perioperatório, é um instrumento decisivo para sustentar e ampliar este desempenho, ao otimizar recursos críticos, reduzir atos de baixo valor e melhorar o acesso dos doentes à cirurgia em tempo adequado”, sublinha
o responsável.
“O feedback dos profissionais envolvidos — cirurgiões, anestesiologistas, assistentes técnicos e enfermeiros — tem sido muito positivo, com manifestações claras de entusiasmo e reconhecimento do impacto do projeto na segurança, eficiência e organização do trabalho clínico”, destaca Carolina Rodrigues, responsável pelo programa, acrescentando que “a instituição continuará a monitorizar e expandir o PCI Peri-operatório, reforçando o compromisso com cuidados integrados, centrados nas
pessoas, suportados por soluções digitais e orientados para resultados em saúde”.
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