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Ucrânia: Primeiro milhão de toneladas de cereais já foi enviado para 15 países

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 27-08-2022

 A Ucrânia já enviou 44 navios com mais de um milhão de toneladas de cereais para 15 países e tem 70 pedidos para carregar o maior número de embarcações com alimentos, referiu na sexta-feira o Presidente ucraniano.

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O chefe de Estado da Ucrânia apontou que a meta é atingir o volume de três milhões de toneladas de exportação por via marítima por mês, salientando que os cereais são “extremamente importantes para África, Ásia e Europa”.

“Hoje podemos tirar as primeiras conclusões sobre o resgate de muitos países e povos da crise alimentar, que a Rússia queria tanto exacerbar numa fome real”, afirmou Volodymyr Zelensky, no seu habitual discurso noturno diário dirigido à nação.

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A Ucrânia e a Rússia assinaram em 22 de julho acordos separados com a Turquia e a ONU para desbloquear a exportação de cerca de 25 milhões de toneladas de cereais ucranianos retidos nos portos do Mar Negro devido à guerra em curso.

Num balanço a quase um mês de exportações de cereais, desde os portos marítimos ucranianos de Chornomorsk, Odesa e Yuzhne, o governante realçou que, durante esse período, foi enviado o primeiro milhão de toneladas de produtos alimentares desde o início da guerra.

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“Esta é uma vitória”, sublinhou Zelensky, que salientou ainda os empregos gerados para os ucranianos e as receitas para as empresas do país.

Para o Presidente ucraniano, o facto da rota de abastecimento da Ucrânia estar a funcionar permite “evitar o caos do mercado, reduzir a gravidade da crise alimentar e evitar escassez catastrófica”.

“A Ucrânia foi, é e será um dos garantes da segurança alimentar mundial”, referiu.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

Na guerra, a ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

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