O secretário-geral da ONU manteve hoje uma conversa telefónica com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual discutiram os recentes esforços diplomáticos para pôr fim à guerra na Ucrânia, indicou hoje o gabinete de António Guterres em comunicado.
No telefonema, Guterres enfatizou a importância de manter o impulso diplomático em prol do fim do conflito e reafirmou a posição de princípio das Nações Unidas em apoio a um cessar-fogo total, imediato e incondicional “como primeiro passo para uma paz justa, abrangente e sustentável para a Ucrânia”.
Guterres reafirmou ainda o compromisso das Nações Unidas em continuar a dar resposta às necessidades humanitárias da Ucrânia no terreno e em apoiar os esforços de recuperação e reconstrução.
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Antes de a informação sobre o telefonema ter sido divulgada, o antigo primeiro-ministro português já tinha condenado os ataques noturnos com mísseis e drones que a Rússia lançou hoje de madrugada contra cidades ucranianas, em particular Kiev, e renovado o apelo para um cessar-fogo.
Pelo menos 19 pessoas e quase 50 ficaram feridas nos ataques ocorridos na capital da Ucrânia, de acordo com um balanço das autoridades ucranianas.
Os ataques danificaram cerca de uma centena de edifícios na capital ucraniana, incluindo as instalações da embaixada da União Europeia (UE) e da organização cultural britânica British Council.
As iniciativas diplomáticas para um potencial acordo de paz aceleraram nas últimas semanas sob a liderança do Presidente norte-americano, Donald Trump. No entanto, não produziram resultados concretos e o exército russo tem intensificado os bombardeamentos.
Trump esteve recentemente com os líderes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em ocasiões separadas. A ONU esteve ausente destes contactos.
Além disso, Guterres ainda não conversou com Donald Trump desde o seu regresso à presidência dos Estados Unidos, em janeiro deste ano.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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