Saúde

UC recebe financiamento para estudar doença que envelhece crianças

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 13-10-2015

Duas instituições americanas vão financiar uma equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC), liderada por Cláudia Cavadas, para estudar a progeria, doença rara incurável em que as crianças envelhecem muito rapidamente e não chegam à vida adulta.

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O grupo vai investigar o potencial do Neuropeptídeo Y (NPY), uma molécula que estimula uma espécie de “reciclagem” de partes envelhecidas das células, denominada de autofagia. Apoiada em estudos realizados anteriormente em ratinhos de laboratório, a equipa do CNC considera que esta molécula poderá ser um regulador de envelhecimento, contrariando os efeitos desta doença, Síndrome de progeria de Hutchinson-Gilford.

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A responsável pelo projeto, Cláudia Cavadas, afirma que «este financiamento vai permitir continuar a nossa investigação nesta doença fatal e, no futuro, poderá auxiliar na descoberta de uma estratégia terapêutica que contrarie o envelhecimento acelerado destas crianças e, quem sabe, atrasar o envelhecimento natural de todos nós.»

A Fundação The Progeria Research Foundation (PRF) e a organização Carly Cares vão financiar durante dois anos a investigação do CNC. «A fundação tem financiado projetos em todo o mundo que resultaram em descobertas importantes sobre a progeria. A parceria estabelecida permitirá o surgimento de investigação inovadora nesta doença rara», nota Audrey Gordon, Diretora Executiva da PRF.

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Por seu lado, Heather Kudzia, Presidente da Carly Cares – instituição com o nome da sua filha de cinco anos de idade, diagnosticada com progeria (foto em anexo) -, explica que a sua organização «angaria verbas para financiar investigação que aumente a vida dos doentes e que tenha um impacto positivo nas famílias. A organização não poderia estar mais orgulhosa de apoiar este estudo.»

A progeria é uma doença genética rara, caracterizada por um envelhecimento acelerado. A mortalidade destas crianças é provocada por problemas cardíacos resultantes da arteriosclerose (espessamento e endurecimento das paredes das artérias), associada tipicamente à velhice, podendo ocorrer logo aos 10 anos de idade em crianças com progeria.

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As capacidades mentais destas crianças permanecem intactas, apesar de apresentarem um corpo envelhecido, caracterizado, por exemplo, por rugas, perda de cabelo, problemas nas articulações e perda de massa muscular.

 

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