Crimes

“Uber” da droga apanhado. Bastava um pedido, pagar e era entrega rápida

Notícias de Coimbra com Lusa | 15 minutos atrás em 21-07-2025

 Um homem foi detido na quarta-feira em Oeiras por suspeita de distribuir droga em vários concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, após pedidos de consumidores em plataformas digitais, anunciou hoje a PSP.

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“O suspeito assumia o papel de fornecedor direto, operando num modelo ‘on demand’, com entregas personalizadas e rápidas, utilizando plataformas digitais e pagamentos eletrónicos para garantir o anonimato e a impunidade das transações”, revelou a PSP, em comunicado.

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A PSP realçou que a investigação permitiu “identificar múltiplos consumidores e revendedores que recorriam ao arguido com regularidade, sustentando uma rede informal de distribuição de estupefacientes altamente ativa e descentralizada”.

Segundo a polícia, o detido, com 45 anos, fornecia droga no concelho de Oeiras, e mantinha ligações a diversos concelhos limítrofes da Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente Lisboa, Sintra e Cascais.

O suspeito deslocava-se diariamente a diferentes locais, nomeadamente residências, espaços públicos ou moradas combinadas com os clientes, onde entregava cocaína e MDMA, “reduzindo o risco de apreensão através do transporte de quantidades controladas”.

Os pagamentos eram feitos preferencialmente via MbWay com códigos de levantamento em caixas automáticas ou em numerário, para evitar rastreabilidade.

O homem foi detido no interior de uma viatura, sem oferecer resistência, “no momento em que realizava mais uma transação ilícita, nas imediações da sua residência, em Carnaxide”, juntamente com outro indivíduo que viria a ser inquirido na qualidade de testemunha.

Na sequência da detenção, foram cumpridos dois mandados de busca domiciliária e cinco mandados de busca não domiciliária a viaturas, tendo sido apreendidas, aproximadamente, 1.875 doses individuais de cocaína, 934 doses individuais de MDMA e 18 doses individuais de haxixe.

Foram também apreendidas cinco viaturas, três das quais de gama média-alta, utilizadas nas entregas, havendo suspeitas de terem sido compradas com dinheiro proveniente dos crimes.

A PSP apreendeu ainda 23.110 euros em “notas de baixo valor facial, distribuídas por diferentes divisões e locais associados ao suspeito”, além de material de apoio à atividade criminosa, como balanças digitais com resíduos de drogas, sacos herméticos, facas de corte com resíduos, tábua de corte, moedores para a droga e telemóveis com comunicações relevantes para a investigação.

O detido apresentava um padrão de vida elevado, apesar de não exercer qualquer atividade lícita, “evidenciando sinais de branqueamento de capitais”.

O arguido foi presente a primeiro interrogatório judicial tendo-lhe sido aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, tendo em conta a gravidade dos factos, a elevada quantidade de droga apreendida, o risco de fuga, a perturbação da ordem pública e a continuidade da atividade criminosa.

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