O antigo Cartola na Praça da República – ponto de encontro de conimbricenses e forasteiros – vai reabir com nova designação.
O espaço, agora denominado Tribo, foi “criado para oferecer uma experiência gastronómica única e onde cada momento pode ser celebrado, à mesa ou num brinde descontraído entre amigos”, referem no convite a que o Notícias de Coimbra teve acesso.
Recorde-se que o município aprovou, em fevereiro de 2025, a proposta apresentada pela empresa concessionária de redistribuição das áreas da esplanada. Desta forma, o espaço passou a dispor de uma esplanada a tardoz do edifício (50 m2), uma esplanada frontal (43 m2), ambas contíguas ao edifício com cobertura e vedação em estrutura amovível e duas esplanadas livres (67 m2 e 269 m2), permitindo manter um espaço aberto e acessível à circulação pedonal.
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Recorde-se que a história do Café Cartola está repleta de (muitas) dívidas ao município de Coimbra. Concessionado em 1992, este espaço foi gerido pela empresa Restaurantes Barata Lda.
Em 2007, este antigo concessionário do Café Cartola devia 267.191,50 Euros à autarquia, valor esse que a autarquia presidida por Carlos Encarnação aceitou reduzir para 100.000 Euros, na sequência de um pedido apresentado pela firma.
Seis anos depois (2013), foi a vez da empresa GoodVibes Lda que, até ao ano anterior, não tinha efetuado o pagamento das rendas relativas pelos menos a 10 meses. Depois de tomar posse do espaço, a autarquia decidiu lançar novo concurso, o qual contou com 15 interessados.
Mas o facto do candidato vencedor ter entregue a proposta fora do prazo, levou o município a lançar novo concurso, reabrindo em 2015 pela mão da Requintobrigatório, Lda,, a qual prometeu pagar mais de 10 mil euros por mês.
Em 2023, nova polémica com falta de pagamento das rendas, mais concretamente quase um ano de alugueres em falta. A insolvência da sociedade levou o município a ter de cancelar a concessão e de lançar novo concurso.
C.I.C – Centro Industrial Confeiteiro, Unipessoal, Lda foi a empresa vencedora com a proposta de uma renda mensal de 3.500 euros, mas o facto de não terem conseguido pagar a caução de 200 mil euros levaram a que o município tivesse concessionado o espaço à empresa segunda classificada no concurso, “Passeata Imóveis”.
De acordo com a autarquia, a adjudicação da exploração deste equipamento, por um prazo de 15 anos, tem agora o valor mensal de renda de 2.777,77 euros.
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