Mais de uma dezena de escolas receberam equipamentos de monitorização da qualidade do ar, no âmbito do projeto “Respirar Fundo”, que pretende alertar a comunidade escolar e autarquias para os poluentes atmosféricos, informou hoje a associação Bora Ambientar.
Em comunicado, a associação não-governamental Bora Alimentar adianta que o projeto vai ter “no terreno duas estações profissionais” para a monitorização da qualidade do ar.
Estas estações irão medir, em tempo real, a concentração de poluentes atmosféricos relevantes como partículas em suspensão, dióxido de azoto e ozono troposférico, nas áreas envolventes das escolas, associados ao tráfego rodoviário e a outras fontes poluentes.
PUBLICIDADE
Estes equipamentos vão estar instalados durante três a quatro semanas à entrada de cada estabelecimento, circulando de forma rotativa pelas escolas participantes durante o ano letivo 2025/2026.
Os dados recolhidos pelas estações serão analisados pelo Centro de Investigação de Ambiente e Sustentabilidade da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa e podem ser consultados em tempo real pelas escolas e juntas de freguesia.
“Estamos confiantes de que os dados recolhidos pelas estações vão permitir tirar conclusões interessantes e fazer a ligação com potenciais fontes de poluição, como meios de transporte utilizados no dia-a-dia, realização de queimadas e até proximidade de polos industriais”, afirmou um dos coordenadores do projeto, João Luís, citado em comunicado.
Para promover a curiosidade dos alunos pelo tema, com enfoque nas turmas de 8º,9º e 10º anos de escolaridade, o projeto ofereceu ainda a cada escola uma estação meteorológica “que permite monitorizar vários indicadores” entre os quais a temperatura externa, humidade, velocidade e direção do vento, precipitação, nível de UV e intensidade da luz.
Em paralelo, as estações meteorológicas indicam também o índice de qualidade do ar local a partir dos dados das estações de proximidade.
Fonte da Bora Ambientar disse à Lusa que o projeto abrange escolas de todo o país, desde Sesimbra a Ponte de Lima e incluindo diferentes ambientes como urbanos, rurais e industriais.
Será implementado também em Guimarães, Povoa de Varzim, Barcelos, Gaia, Ílhavo, Coimbra, Caldas da Rainha, Lisboa e Sintra.
As atividades complementares do projeto terão três temáticas: poluição atmosférica, alterações climáticas e mobilidade sustentável, incluindo conteúdos pedagógicos de apoio à aprendizagem, ações de formação ‘online’ e um desafio aos alunos para escreverem e protagonizarem episódios inéditos da série “Bora Ambientar”.
Este projeto é cofinanciado pela União Europeia no âmbito do projeto NOPLANETB – AMI, que procura apoiar organizações da sociedade civil na sua ação climática.
PUBLICIDADE
