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Saúde

“Tratar o cancro por tu” quer trazer a doença à discussão pública

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 17-01-2022

O Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) vai avançar com um ciclo de sessões que, intituladas “Tratar o cancro por tu”, visam reintroduzir o tema da doença na discussão pública e ouvir os especialistas.

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“É muito importante perceber o que é um cancro e o que não é um cancro”, afirmou hoje o diretor do Ipatimup, Manuel Sobrinho Simões.

Em declarações à Lusa, o especialista disse que a iniciativa surge da necessidade de “desmistificar”, “humanizar” e “compreender” o cancro, doença que mata anualmente “mais de 28 mil portugueses”.

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“As pessoas têm de perceber que não há doenças, há doentes. É preciso humanizar as pessoas”, observou Sobrinho Simões, acrescentando ser urgente reintroduzir o tema na discussão pública e criar oportunidades para ouvir os especialistas sobre os avanços médicos e científicos no tratamento da doença.

Lembrando que, até ao momento, o Ipatimup não tinha tido “musculo” para chegar à população em geral, o especialista defendeu que a aproximação com as autarquias é um “salto crucial”.

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“Tratar uma doença e resolver um problema de ordenação do território são ambos problemas que tem a ver com a comunidade”, disse, lembrando que, com a pandemia da covid-19, “muitas pessoas não foram tratadas atempadamente”.

Intitulado “Tratar o cancro por tu”, o ciclo de sessões sobre literacia de cancro arranca dia 27 de janeiro, no Teatro Rivoli, no Porto, e debruça-se sobre o cancro do pulmão.

Do Porto, a iniciativa, que decorre de janeiro a março, “salta os muros da ciência para ir ao encontro da população” em Braga (03 de fevereiro), Coimbra (17 de fevereiro), Lisboa (03 de março), Vila Real (17 de março) e Évora (31 de março).

Em cada uma das sessões será abordado um tipo de cancro diferente – pulmão, mama, leucemias e linfomas, próstata e pele -, tendo em conta os conhecimentos dos diferentes especialistas e a incidência desse cancro na região do país.

“A ciência tem uma linguagem demasiado hermética e técnica, pelo que é preciso aproximarmo-nos das pessoas e simplificar as explicações sobre as várias abordagens da terapia”, referiu o diretor do Ipatimup, acrescentando que o cancro é “das doenças mais fáceis”.

“Infelizmente ainda é mortal para uma percentagem de pessoas, mas cada vez é menos. Daqui a 10, 20 ou 30 anos não vamos morrer de cancro. Não vamos curar, mas vamos controlar. É uma doença relativamente fácil de perceber e vamos evoluir muito”, notou Sobrinho Simões.

Além de especialistas da área da medicina e ciência, as sessões vão incluir, por exemplo, uma performance de Pedro Abrunhosa, textos criados por Mário de Carvalho e Afonso Reis Cabral, um depoimento em vídeo da diretora da Agência Internacional de Investigação em Cancro e testemunhos e imagens recolhidos pelo ‘instagrammer’ Kitato, pelo ‘blogger Filipe Morato Gomes, pela jornalista Luisa Pinto e pelo escritor de viagens e blogger Rui Barbosa Batista.

Cada sessão irá dar origem a um ‘podcast’ que estará disponível nas principais plataformas de ‘streaming’.

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