Transdev homenageou motoristas pelo seu desempenho no dia do incêndio

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 10-11-2017

A Transdev homenageou, em Coimbra, 3 motoristas que se distinguiram pela sua atuação nos incêndios de 15 de outubro. Veja o vídeo do directo NDC:

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A cerimónia de “reconhecimento de mérito” teve lugar no Hotel Tivoli de Coimbra. Contou com a participação de Pierre Jaffard, CEO Transdev Portugal, bem como de outros responsáveis da rodoviária.
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Conduzida por Pierre Jaffard,, a cerimónia de reconhecimento de mérito distinguiu os motoristas Eduardo Donas Botto, Fernando Alves e António Castro pelo brio e profissionalismo demonstrados no “pior dia do ano”, em que desempenharam um papel de importância crucial na manutenção e defesa das condições de segurança dos passageiros que transportavam.

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“Sabemos hoje, através dos seus próprios relatos e principalmente das várias manifestações de louvor e gratidão que muitos passageiros que seguiam com eles nos fizeram chegar, que estes 3 motoristas demonstraram moral, abnegação e conhecimento pessoal, tendo assegurado a proteção de todos os passageiros, muitos dos quais com dificuldades de locomoção, quase todos assolados pelo pânico, e que acabaram por chegar sãos e salvos aos seus destinos”, destacou Pierre Jaffard.

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Recorde-se que, na noite de 15 de outubro, domingo, o motorista Eduardo Botto, de São João da Pesqueira, circulava no IP3, entre Viseu e Coimbra.

Sem possibilidade de inverter a marcha, tomou a corajosa decisão de enfrentar as chamas que invadiam aquela autoestrada, conseguindo retirar do local e em segurança os 48 passageiros a bordo do autocarro da Transdev, depois de  atravessar um “túnel de chamas”. com 48 pessoas a bordo em pânico.

O autocarro ainda pegou fogo na traseira, mas os bombeiros conseguiram apagar a ignição, recordou Eduardo Botto.

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Naquela mesma noite, o motorista Fernando Alves, de Coimbra, transportava 49 excursionistas no regresso a casa após uma visita a Canas de Senhorim.

Devido aos incêndios, o percurso teve de ser interrompido entre Vouzela e Tondela. Para evitar o fogo que, por ação do vento, insistia em impedir os acessos a estradas alternativas, o motorista da Transdev viu-se obrigado a deslocar por várias vezes o autocarro para diferentes locais, mantendo sempre a serenidade necessária para acalmar os passageiros, num ambiente marcado por gritos de aflição, alguns desmaios e grande desorientação.

Os passageiros a bordo, muitos dos quais com idade avançada e naturais dificuldades de locomoção, consideraram que o sangue frio, a coragem e o profundo conhecimento daquela zona que o motorista demonstrou possuir foram decisivos para evitar mais um dos vários episódios trágicos que marcaram aquela noite. Só na manhã do dia seguinte, pelas 07h20, é que foi possível completar o percurso em segurança.

Com as chamas a cercarem “rapidamente” a área de serviço de Vouzela, Fernando Alves conduziu em contramão em direção a Viseu e conseguiu chegar a Tondela, onde julgava estar livre de perigo, mas o “fogo diabólico chegou rápido” e teve de “fugir novamente” para um jardim.

“Em Vouzela pensei que morríamos todos, tal era o fogo e a velocidade do vento”, disse aos jornalistas.

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Por fim, também na noite de 15 de outubro, os incêndios obrigaram o motorista António Castro, da Guarda, a interromper o percurso que realizava entre o Porto e Viseu, tendo ficado retido em Albergaria das 20h00 até às 10h30 da manhã do dia seguinte.

Os passageiros daquele autocarro destacaram a capacidade de liderança que o motorista evidenciou, mostrando-se incansável no apoio e conforto prestado aos passageiros ao longo de toda a noite.

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“Apesar de toda a formação, treino e experiência, há alturas em que nos é pedido para ir mais além daquilo para o qual fomos preparados. É crucial reconhecer a forma responsável e profissional como estes 3 motoristas representaram a nossa empresa, garantindo e defendendo aquele que é um dos nossos valores fundamentais – a segurança”, concluiu Pierre Jaffard.

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Recorde-se que os mais de 300 incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, “o pior do ano” em matéria de incêndios segundo as autoridades, queimaram mais de 200 mil hectares de floresta, tendo provocado 45 vítimas mortais e cerca de 70 feridos.

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