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Tragédia: Menino morre depois de dose errada de adrenalina ter sido administrada no hospital

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 7 minutos atrás em 11-12-2025

Imagem: DR

Benício Xavier Freitas, um menino de 6 anos, morreu depois de receber uma dosagem incorreta de adrenalina aplicada por via intravenosa, num hospital particular de Manaus, Brasil.

O caso ocorreu no dia 23 de novembro e está a ser investigado pela Polícia Civil.

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Segundo o portal G1, Benício foi levado ao hospital com tosse seca e suspeita de laringite. A médica que realizou o primeiro atendimento prescreveu lavagem nasal, soro e três doses de adrenalina intravenosa — 3 ml a cada 30 minutos. A via de administração chamou a atenção dos pais, que questionaram a equipa sobre a opção pela injeção em vez do uso por aerossol, procedimento comum para quadros respiratórios.

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Logo após receber a primeira dose, o menino apresentou sinais imediatos de agravamento. “Ficou branco, os pés amarelaram, o nariz ficou vermelho, os olhos também. Ele contorceu-se e disse: ‘Mãe, o meu coração está a queimar’”, relatou o pai àquele jornal.

A oxigenação de Benício caiu para cerca de 75%, e uma segunda médica foi chamada para iniciar monitorização cardíaca. Pouco depois, foi solicitada a transferência para a UTI pediátrica, mas o estado da criança deteriorou-se rapidamente. Durante a preparação para intubação, Benício sofreu três paragens cardiorrespiratórias e vomitou sangue.

O quadro continuou instável, e o pai afirma que presenciou outros episódios durante a tentativa de estabilização. No total, o menino sofreu seis paragens cardiorrespiratórias, não resistindo.

Durante a investigação, foi revelado que a prescrição para a aplicação da adrenalina intravenosa foi escondida pela enfermeira Raiza Bentes, que temeu que a médica responsável pela prescrição, Juliana Brasil, tentasse alterar o documento ao perceber o erro.

As autoridades apontam que a médica prescreveu a dose inadequada e a enfermeira administrou o medicamento na veia da criança. Ambas respondem ao inquérito em liberdade. Apenas a médica recebeu habeas corpus.

Juliana Brasil admitiu o erro num documento encaminhado à polícia e em conversas com um colega médico, Enryko Queiroz.

Os pais de Benício afirmam que a dose aplicada não era compatível com o quadro clínico do menino e exigem que os responsáveis sejam punidos. O caso permanece em investigação pela Polícia Civil.

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