Economia

Trabalhadores da Soporcel vão contestar em tribunal novo fundo de pensões

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 14-03-2014

 Cerca de 250 trabalhadores da papeleira Soporcel, reunidos hoje em plenário nas instalações fabris da Figueira da Foz, decidiram contestar em tribunal o novo fundo de pensões da empresa, disse hoje fonte da comissão sindical.

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“Vamos avançar com um processo em tribunal”, disse à agência Lusa Vítor Abreu, porta-voz da comissão sindical da Soporcel, após o plenário realizado, “pela primeira vez”, nas instalações localizadas em Lavos.

Adiantou que o processo em tribunal, em defesa dos direitos dos trabalhadores, será promovido pelo sindicato que os representa e estava a ser equacionado desde dezembro.

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Em causa no protesto dos trabalhadores da Soporcel está o fundo de pensões da papeleira que, de acordo com fonte sindical, passará do sistema atual, intitulado de “benefício definido” – a empresa contribui com 8% do salário dos trabalhadores e garante o capital do fundo – para um sistema de “contribuições definidas”, em que a participação da empresa baixa para os 4% (podendo os colaboradores, voluntariamente, contribuírem com a percentagem que quiserem) mas o capital existente no fundo passa a depender das flutuações do mercado e outros aspetos.

O plenário, classificado por Vítor Abreu como “um momento histórico” por se ter realizado, pela primeira vez desde que a Soporcel se instalou em Lavos, na década de 1980, dentro das instalações fabris, decorreu de forma “calma e serena” e levou ainda à aprovação, “por unanimidade”, de um caderno reivindicativo para 2014 a entregar à administração.

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Os trabalhadores aprovaram ainda diversas formas de luta “para sensibilizar a opinião pública” sobre a defesa dos seus direitos, as quais incluem uma conferência de imprensa e uma deslocação à Assembleia da República, entre outras iniciativas “ainda em estudo”, frisou Vítor Abreu.

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