Economia

Trabalhadores da Soporcel exigem saída dos representantes no fundo de pensões

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 25-02-2014

Cerca de 250 trabalhadores da papeleira Soporcel, reunidos hoje em plenário na Figueira da Foz, exigiram a retirada de funções aos seus representantes na comissão de acompanhamento do fundo de pensões.

PUBLICIDADE

“É uma exigência por parte dos trabalhadores, não continuarem a ser representados pelos representantes que não cumpriram com as suas funções”, disse aos jornalistas Vítor Abreu, da comissão sindical da Soporcel.

“No espaço de quase 11 meses desde que foram eleitos, não nos informaram, não nos mantiveram a par, não cumpriram o papel deles”, adiantou.

PUBLICIDADE

A comissão sindical que representa os funcionários da papeleira do grupo Portucel Soporcel vai reunir quarta-feira com a administração da empresa, localizada em Lavos, Figueira da Foz, voltando a defender a manutenção do atual fundo de pensões, que abrange 600 famílias, indicou Vítor Abreu.

Em causa no protesto dos trabalhadores da Soporcel está o fundo de pensões da papeleira que, de acordo com fonte sindical, passará do sistema atual, intitulado de “benefício definido” – a empresa contribui com 8% do salário dos trabalhadores e garante o capital do fundo – para um sistema de “contribuições definidas”, em que a participação da empresa baixa para os 4% (podendo os colaboradores, voluntariamente, contribuírem com a percentagem que quiserem) mas o capital existente no fundo passa a depender das flutuações do mercado e outros aspetos.

PUBLICIDADE

publicidade

Presente no plenário de hoje, António Moreira, coordenador da União de Sindicatos de Coimbra, recordou que no plenário de 27 de dezembro (há cerca de dois meses) argumentou que era preciso parar o processo, já que a empresa queria ter o novo fundo de pensões em vigor a partir de 01 de janeiro de 2014 “e o que é facto é que o processo está parado”.

De acordo com António Moreira, o adiamento da entrada em vigor do novo fundo de pensões ficou a dever-se à “firmeza” dos trabalhadores que manifestaram “total oposição” à alteração.

António Moreira considerou a Soporcel um “gigante” da economia portuguesa – o segundo maior exportador nacional em 2013, com um volume que atingiu os 1.215 milhões de euros, com destino a 118 países e um resultado liquido de 210 milhões de euros – contestando que a alteração do fundo de pensões instituído em 1988 seja para permitir que a empresa o possa suportar.

“O atual é possível de suportar”, alegou o sindicalista.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE