Com uma elevada taxa de morbilidade e mortalidade, o tromboembolismo venoso (TEV) é uma doença cardiovascular que continua a representar uma ameaça silenciosa para milhares de pessoas em todo o mundo.
Engloba duas condições graves: a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP). Muitas vezes subestimado, o TEV pode surgir sem aviso e ter consequências fatais se não for diagnosticado e tratado atempadamente.
A TVP ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma numa veia profunda, geralmente nas pernas ou região pélvica, restringindo o fluxo normal do sangue. Em casos mais graves, parte desse coágulo pode deslocar-se até aos pulmões, provocando uma embolia pulmonar – uma condição potencialmente letal.
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O TEV pode resultar da combinação de vários fatores de risco, segundo a DECO PROteste e que incluem: “cirurgias complexas ou prolongadas, internamentos hospitalares longos, imobilidade ou viagens prolongadas, obesidade, tabagismo, uso de estrogénios e doenças cardiovasculares ou malignas”.
Estilo de vida sedentário, em particular, é um fator de risco importante, muitas vezes negligenciado. A falta de movimento, especialmente em contextos laborais, aumenta significativamente a probabilidade de formação de coágulos nas pernas.
Na maioria dos casos, os sintomas da TVP são pouco específicos e fáceis de confundir com dores musculares ou cãibras. Os sinais mais frequentes incluem: “dor na perna, inchaço, sensação de calor e alterações na cor da pele”.
Já a embolia pulmonar pode manifestar-se com falta de ar, dor no peito, tonturas e batimentos cardíacos irregulares, sintomas que também podem ser confundidos com outras patologias como pneumonia ou enfarte do miocárdio.
O tratamento passa, regra geral, pela administração de anticoagulantes. Em casos cirúrgicos de maior risco, pode ser adotada uma abordagem preventiva.
A melhor arma, no entanto, é a prevenção, que inclui “dieta equilibrada e abandono do tabaco, prática regular de exercício físico, avaliação de risco antes de cirurgias, pausas regulares durante o trabalho e alongamentos ou pequenas caminhadas diárias”.
Para quem passa o dia sentado, levantar-se regularmente, alongar os músculos e incorporar pequenos momentos de movimento ao longo do dia pode ser determinante.
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