Região

Tipografia Lousanense entra em Processo Especial de Revitalização

Notícias de Coimbra com Lusa | 8 meses atrás em 29-08-2023

 A Tipografia Lousanense, fundada em 1885, no concelho da Lousã, está em Processo Especial de Revitalização (PER) e contabiliza-se uma dívida total de três milhões de euros.

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Em 18 de julho, foi nomeado um administrador judicial provisório da insolvência daquela gráfica com mais de 100 anos e, em 14 de agosto, foi publicada a lista provisória de credores da empresa, segundo documentos consultados pela agência Lusa na plataforma Citius.

Os maiores credores associados ao processo são o Banco Comercial Português (BCP), com 1,2 milhões de euros, e a Caixa Geral de Depósitos, com 637 mil euros de crédito, refere a lista provisória de credores da Tipografia Lousanense.

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Entre os maiores credores daquela gráfica, está ainda o Instituto da Segurança Social, com 357 mil euros de crédito contabilizado.

O processo decorre no juízo do Comércio da Comarca de Coimbra.

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Contactada pela agência Lusa, a administração da empresa escusou-se a comentar a situação da gráfica no presente momento, remetendo esclarecimentos sobre o PER após estarem concluídas as negociações com os credores.

Segundo o ‘site’ da empresa, aquela gráfica resistiu, ao longo dos anos, “às mais diversas mudanças políticas, económicas e sociais” no país, sendo dirigida há mais de um século pela mesma família.

“Ao longo dos tempos a Lousanense soube sempre acompanhar as tendências do mercado, inovando e modernizando-se de forma a desenvolver o seu negócio de forma sustentada”, refere a empresa, esclarecendo que presta serviços de pré-impressão, de impressão e ainda de acabamentos, sendo especialista “na área editorial desde a sua fundação”.

De acordo com o ‘site’, a empresa foi fundada por Aníbal Fernandes Tomás Pipa, bibliógrafo português, que inaugurou o arranque da gráfica em 01 de maio de 1885, com a publicação do primeiro número do então Jornal da Lousã, com uma orientação marcada pelos ideais liberais e republicanos.

Segundo a Lousanense, a empresa viria a ser comprada por Bernardino Lopes Padilha, funcionário da gráfica, altura em que o Jornal da Lousã se declara abertamente como republicano.

Em 13 de outubro de 1898, a tipografia seria passada a Júlio Ribeiro dos Santos, mantendo-se a mesma na sua família até aos dias de hoje.

Republicano, Júlio Ribeiro dos Santos seria também responsável pelo lançamento do jornal O Lousanense, e dos semanários Comércio da Lousã e O Futuro, refere o ‘site da empresa.

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