Tiago Saldanha, recém-eleito presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem da Universidade de Coimbra (AE/ESEUC), anunciou que acompanhar de perto o processo de integração da Escola na Universidade de Coimbra será a principal prioridade do seu mandato.
O dirigente garante que a transição, oficializada pelo decreto-lei n.º 83/2024, não implicará perda de identidade.
«A integração na UC não será um processo de diluição», afirmou na cerimónia de tomada de posse, realizada a 21 de novembro. «Não viemos para ser absorvidos, viemos para somar. Trazemos um humanismo prático que é nosso: técnica aliada à empatia, a capacidade de cuidar antes de julgar».
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Saldanha, estudante do 4.º ano de Enfermagem, sublinha que a Escola aporta à UC «uma presença que vai para além da teoria», frisando que a união entre as duas instituições deve ser «um encontro de mundos, não uma fusão que apaga identidades». O objetivo, diz, é integrar a Universidade, «ganhando oportunidades e horizontes», sem perder as características que tornam a ESEUC «única».
Com experiência acumulada em várias direções da Associação, Tiago Saldanha desafiou os estudantes a serem mais exigentes na defesa da profissão. «Esquecemo-nos muitas vezes de que a defesa da Enfermagem começa aqui, nas salas de aula e nos corredores, e não apenas quando recebemos a cédula profissional», alertou.
Recordando problemas persistentes no setor — como o envelhecimento da população, o aumento da cronicidade e a escassez de respostas em cuidados continuados — o presidente considera incompreensível que «os profissionais continuem presos a lutas que já deviam ter sido superadas». Para os estudantes, defende, o caminho passa por união e resiliência: «Se aprendermos a ser exigentes desde já, estaremos mais preparados para defender a dignidade da profissão».
A poucos anos do 20.º aniversário da AE/ESEUC, que se assinalará em 2026, Saldanha vê nessa data «uma oportunidade para honrar o passado e desafiar o futuro».
Além de Tiago Saldanha, tomaram posse os vice-presidentes Mafalda Amaro e Afonso Oliveira, as secretárias Lara Fradoca e Adriana Almeida e a tesoureira Inês Teles. Maria Clara Abreu assume a presidência da Mesa da Assembleia Geral, com Mara Zacarias como vice-presidente, e Regina Silva mantém-se na liderança do Conselho Fiscal.
A cerimónia contou também com intervenções de Francisca Lopes, presidente cessante da AE, e de Fernando Amaral, Presidente da Escola de Enfermagem.
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