Um simples cotonete passado no interior da bochecha pode, em breve, tornar-se numa ferramenta crucial na luta contra o cancro da próstata.
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Dheeresh Turnbull, um cidadão britânico aparentemente saudável e sem qualquer histórico familiar da doença, descobriu que tinha um tumor potencialmente fatal após realizar um teste genético inovador.
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Desenvolvido por investigadores do Instituto de Investigação do Cancro (ICR) e do Royal Marsden NHS Foundation Trust, no Reino Unido, este novo teste à base de saliva pode revolucionar a forma como o cancro mais comum entre os homens é detetado.
Ao contrário do tradicional exame PSA, que mede os níveis de uma proteína no sangue mas apresenta limitações na deteção de tumores agressivos, este novo método recorre a uma pontuação de risco poligénico (PRS). Esta pontuação é calculada com base em 130 variantes genéticas identificadas através da saliva, permitindo uma avaliação mais precisa do risco hereditário da doença, dá conta a ZME Science.
Num estudo que envolveu mais de 6.000 homens entre os 55 e os 69 anos, os 10% com maior risco genético foram encaminhados para exames adicionais. Os resultados surpreenderam: 40% desses homens apresentavam cancro da próstata e, entre estes, mais de metade tinham tumores agressivos — aqueles com maior probabilidade de se disseminarem rapidamente.
“Estamos perante um possível ponto de viragem na deteção precoce do cancro da próstata”, afirma a professora Ros Eeles, líder da investigação. “Demonstrámos que um teste simples e acessível pode identificar com eficácia os homens que mais precisam de rastreio precoce, com base no seu perfil genético.”
Se vier a ser integrado nos sistemas de saúde, este teste poderá poupar milhares de homens a exames desnecessários, ajudando ao mesmo tempo a salvar vidas ao detetar cancros que, de outro modo, poderiam passar despercebidos até ser demasiado tarde.
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