Portugal

Tempestade canibal chega à Terra e pode afetar GPS, comunicações e satélites

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 29 minutos atrás em 12-11-2025

Imagem: Marques Photography

Na noite de terça-feira, vários países do Hemisfério Norte, incluindo Portugal, foram brindados com um espetáculo raro: auroras boreais visíveis a olho nu, tingindo o céu com cores verdes, rosas e violetas. Este fenómeno é, na realidade, um sinal de atividade solar intensa, que levou o Serviço Geológico Britânico (BGS) a atualizar a previsão geomagnética para o nível mais alto.

Os especialistas alertam que uma segunda tempestade solar, apelidada de “tempestade canibal”, poderá ser a maior a atingir a Terra em mais de duas décadas. De acordo com cientistas britânicos, o evento tem potencial para atingir o nível G5 na escala de tempestades da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration).

“O clima espacial pode ter um impacto real na vida das pessoas em todo o planeta. Os nossos dados sugerem que este evento pode ser uma das maiores tempestades que vimos nos últimos 20 anos”, afirma Gemma Richardson, especialista em riscos geomagnéticos do BGS.

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As tempestades geomagnéticas são causadas pela interação entre a atividade solar e o campo magnético da Terra. Podem afetar sistemas de comunicação, órbitas de satélites e a precisão dos sistemas de posicionamento global (GPS), assim como ter implicações na infraestrutura energética de vários países.

Segundo o BGS, a atual tempestade criou o maior campo geoelétrico medido desde o início dos registos, em 2012, e as primeiras medições apontam para valores sem precedentes desde 2005.

Apesar do impacto potencial, os cientistas sublinham que não é possível prever com precisão a intensidade nem a duração da tempestade. Contudo, se o céu permanecer limpo, é provável que as auroras boreais possam voltar a ser observadas nas próximas noites, oferecendo novamente um espetáculo único no céu.

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