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Teatrão do Mondego

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 17-03-2014

O Teatrão, na sequência da comemoração dos 20 anos da companhia de teatro de Coimbra, vai lançar a Plataforma Mondego, que pretende criar uma rede entre companhias e associações culturais de Coimbra, Figueira da Foz e Montemor-o-Velho.

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Esta plataforma quer estreitar o “contacto” entre as diferentes companhias e desenvolver “trabalho em rede e intercâmbio”, sublinhou Isabel Craveiro, diretora do Teatrão.

“Há uma longa tradição de teatro amador na zona do Baixo Mondego. Quase todas as terras têm estruturas ativas que estavam a produzir de forma mais ou menos improvisada”, explicou, vincando a postura da companhia que procura que as pessoas “trabalhem juntas”.

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O próprio Teatrão tem vindo a trabalhar com diversas companhias amadoras ao longo dos últimos anos, através de espetáculos como Peregrinações, Coimbra 1111 ou Arruinados, encontrando nestas estruturas “um potencial imenso”, contou.

A partir da plataforma, a companhia quer “organizar a circulação de trabalhos, criar uma teia de relações”, apoiar “coproduções”, desenvolver “projetos pedagógicos” e “otimizar recursos”.

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A plataforma será apresentada a 27 de março e “não é apenas para estruturas ligadas ao teatro”.

“Queremos reunir estas companhias que estavam mais ou menos desligadas. As reuniões são uma festa e queremos devolver essa celebração ao teatro”, disse.

Durante as comemorações, será também apresentada uma Carta de Princípios para a Educação Artística que reivindica uma “relação entre a cultura e a educação num projeto pedagógico da cidade”, aclarou Isabel Craveiro.

A diretora sublinhou que esta iniciativa “é muito importante” para o Teatrão, referindo que o peso que “os projetos educativos dão à educação artística é pouco”, tanto a nível local como nacional, tendo já encetado contactos com a Câmara de Coimbra mas também com o Ministério da Educação.

A carta, que tem como subscritores, entre outros, a Fábrica das Artes do Centro Cultural de Belém ou a Fundação Calouste Gulbenkian, reúne a vontade do Teatrão de que “a componente artística tem de estar presente na educação”, para que as pessoas “possam ser indivíduos mais capazes e mais cidadãos”.

Também na sequência da celebração do vigésimo aniversário, o Teatrão irá apresentar a Plataforma T2, uma “incubadora” dentro do grupo, que irá apoiar dois projetos de jovens licenciados e profissionais de teatro, a partir dos meios e recursos da própria companhia, disponibilizando ainda uma verba com um montante máximo de três mil euros por projeto.

As candidaturas ao projeto terminaram a 15 de março e pretende “apoiar projetos emergentes”, informou Isabel Craveiro.

A diretora do Teatrão afirmou que, para além do desejo de fazer nascer novos grupos, num momento em que “os meios são cada vez mais escassos”, a incubadora pode também funcionar como um “espaço de provocação” para a companhia.

 

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