Primeira Página

Tatuagens podem reduzir o risco de cancro da pele

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 43 minutos atrás em 29-09-2025

Um novo estudo sugere que as tatuagens podem ter um efeito inesperado na prevenção do melanoma, um dos tipos mais perigosos de cancro da pele.

A investigação, realizada no Utah, nos Estados Unidos — o estado com as taxas mais altas de melanoma — analisou mais de 1.000 pessoas, comparando pacientes com melanoma com indivíduos saudáveis.

Os resultados indicaram que pessoas com várias tatuagens ou tatuagens extensas apresentavam, na média, um risco reduzido de melanoma em cerca de metade, desafiando a ideia de que a tinta na pele aumenta o risco de cancro.

PUBLICIDADE

Apesar do achado impressionante, os investigadores alertam para várias limitações. Não houve recolha de dados detalhados sobre fatores de risco essenciais, como histórico familiar, hábitos de exposição solar e proteção com protetor solar. O estudo não registou a localização das tatuagens, pelo que não se sabe se estavam em áreas expostas ao sol ou cobertas. A taxa de resposta entre os casos de melanoma foi baixa, cerca de 41%, o que pode influenciar os resultados.

Curiosamente, os melanomas não ocorreram com mais frequência em pele tatuada do que em áreas não tatuadas, sugerindo que a tinta por si não é diretamente cancerígena.

Os investigadores sublinham que estes resultados não indicam que fazer tatuagens proteja do melanoma. Podem refletir diferenças de estilo de vida ou hábitos não registados.

Para já, o conselho de prevenção do melanoma mantém-se inalterado: limitar a exposição solar, usar protetor solar e examinar regularmente a pele, independentemente de ter tatuagens.

No entanto, para quem já tem tatuagens, o estudo traz alguma tranquilidade: atualmente, não há evidência de que estas aumentem o risco de melanoma.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE