O Ministério Público constituiu hoje quatro arguidos, duas pessoas e duas empresas, na “Operação voo TP789”, após buscas à TAP, ao Grupo Barraqueiro e à Parpública relacionadas com a privatização da companhia área em 2015.
“No âmbito de inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), informa-se que, na sequência das buscas realizadas hoje, foram constituídos quatro arguidos: duas pessoas singulares e duas pessoas coletivas”, refere a página do DCIAP na Internet.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) avançou hoje que decorreram buscas em 25 locais, que incluem empresas, como a TAP, o Grupo Barraqueiro e a Parpública, sociedades de advogados e sociedades de revisor oficial de contas e que não estão previstas detenções.
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Em causa estão suspeitas de crimes de administração danosa, de participação económica em negócio, de corrupção passiva no setor privado, de fraude fiscal qualificada e de fraude à Segurança Social qualificada.
As buscas, que decorreram desde o início da manhã de hoje, estão relacionadas com uma queixa feita ao Ministério Público em 2022 sobre “a aquisição pelo agrupamento Atlantic Gateway à Parpública de 61% do capital social da TAP SGPS e da subsequente capitalização daquela entidade com fundos provenientes de um financiamento acordado, em momento prévio à aquisição, entre a Airbus e a sociedade DGN Corporation (acionista da Atlantic Gateway)”, explicou a PGR, em comunicado.
A investigação centra-se também em factos que aconteceram antes da venda direta e que estão relacionados com custos suportados pela TAP, S.A. com entidades ligadas à Atlantic Gateway e ainda com factos que ocorreram durante o período “em que a gestão da TAP, S.A. esteve a cargo dos acionistas privados, envolvendo a situação fiscal de pessoas singulares e sociedades ligados a essa gestão”, acrescentou a PGR.
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