Política

TAP: André Ventura fala em “encobrimento” e questiona condições de Pedro Nuno Santos no Governo

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 28-12-2022

 O presidente do Chega afirmou hoje que pode existir “um encobrimento” à volta do caso que levou à demissão da secretária de Estado Alexandra Reis e considerou que “dificilmente Pedro Nuno Santos tem condições” para se manter no Governo.

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No final de uma visita ao Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, André Ventura foi questionado sobre a demissão de Alexandra Reis, anunciada na terça-feira pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, menos de um mês depois de a governante ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros que lhe foi paga pela TAP.

“Estamos perante um encobrimento, não sei é de quem, é isso que temos de descobrir. A quem estamos a proteger? Será só a secretária de Estado? Tê-la deixado cair desta forma mostra que talvez seja só a ponta do icebergue”, disse, não excluindo vir a pedir uma comissão de inquérito parlamentar sobre o caso e assegurando que o partido mantém os pedidos de audições já entregues na segunda-feira.

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O líder do Chega foi taxativo em considerar que a atual administração da TAP “não tem condições para se manter em funções”, dizendo que ficou claro que mentiu à CMVM, acrescentando que também o ministro das Infraestruturas e Habitação saiu “muito fragilizado” deste processo, embora deixando ao primeiro-ministro a responsabilidade de avaliar as condições da sua continuidade.

“Se Pedro Nuno Santos não falar até ao final do dia de hoje, mostra que perdeu toda a autoridade política e ninguém lhe pode reconhecer mais essa autoridade (…) Dificilmente tem condições para continuar como ministro”, afirmou.

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Sobre o ministro das Finanças, Ventura considerou que “tem de dar explicações sobre todo o processo de contratação” de Alexandra Reis, mas admite que “já fez alguma coisa” ao demitir a secretária de Estado do Tesouro.

O líder do Chega questionou ainda “onde anda o Presidente da República”, defendendo que a sua principal tarefa “é fiscalizar o executivo”.

“Claro que eles têm maioria absoluta e isto pode ir assim até ao fim, mas estamos a chegar a um momento em que começa a ficar em causa a autoridade política do Governo”, afirmou.

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