Cinema

TAGV apresenta 6 filmes do russo Andrei Tarkovsky

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 10-02-2016

O Teatro Académico de Gil Vicente exibe uma seleção de seis filmes da obra de Andrei Tarkovsky, um dos expoentes máximos do cinema russo na segunda metade do século XX, e “que contribuiu para uma das mais importantes e influentes cinematografias na história do cinema”.

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Oscilando entre os traumas da Segunda Guerra Mundial e momentos da vida familiar, A INFÂNCIA DE IVAN retrata o impacto da guerra através do olhar de uma criança. Considerado uma obra-prima, ANDREI RUBLEV é um conto medieval sobre o maior pintor iconográfico russo.

Em SOLARIS, Andrei Tarkovsky faz uma incursão pela ficção científica. O ESPELHO conta a história da Rússia, e de um homem de 40 anos que está prestes a morrer.

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NOSTALGIA é o primeiro filme de Andrei Tarkovsky realizado fora do seu país natal, um filme enigmático, que explora o sentimento de nostalgia que invade um intelectual russo em Itália. Último filme do cineasta russo, O SACRIFÍCIO é um filme rodado inteiramente na Suécia.

Da integral Tarkovsky, o Teatro Académico de Gil Vicente exibe de 15 a 29 de fevereiro, as suas longas-metragens: NOSTALGIA (15 de fevereiro, 18:30), O SACRIFÍCIO (15 de fevereiro, 21:30), A INFÂNCIA DE IVAN (22 de fevereiro, 18:30), ANDREI RUBLEV (22 de fevereiro, 21:30), O ESPELHO (29 de fevereiro, 18:30), SOLARIS (29 de fevereiro, 21:30).

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NOSTALGIA SEG 15 FEV 2016 | 18:30
Um poeta russo, sentindo-se aprisionado pela sua fama e por um casamento infeliz, decide procurar o seu passado cultural em Itália. Após três meses a viajar pela Toscana com Eugenia, a sua intérprete italiana, os dois chegam a uma pequena vila. O poeta, não tendo ainda encontrado o que procurava, está tenso e desapontado. Divagando pelas ruas desertas do amanhecer que traz memórias indistintas da sua terra natal, fecha-se num silêncio impenetrável. Incapaz de comunicar com ele, de o entender e se fazer entender, a intérprete decide partir. Mas um encontro com Domenico, um velho aparentemente lunático, acaba por permitir ao escritor compreender o segredo da sua própria nostalgia.

O SACRIFÍCIO SEG 15 FEV 2016 | 21:30
Alexander, jornalista e intelectual, confessa ao seu pequeno filho a sua preocupação com a falta de espiritualidade no mundo moderno. Na noite do seu aniversário, irrompe a Terceira Guerra Mundial. Num momento de desespero, Alexander vira-se para Deus, argumentando e oferecendo-lhe tudo para evitar o holocausto nuclear.

A INFÂNCIA SEG 22 FEV 2016 | 18:30
Uma história de paz, guerra, ódio e morte. Após perder os seus pais na II Guerra Mundial, o jovem Ivan começa a trabalhar para o exército soviético como batedor na retaguarda da defensiva alemã e acaba por formar uma amizade com três oficiais soviéticos.

ANDREI RUBLEV SEG 22 FEV 2016 | 21:30
Esta obra-prima de Tarkovsky é um conto medieval sobre a vida do maior pintor de icones russos, atravessando um período turbulento do século XV na Rússia, marcado por lutas intermináveis entre príncipes rivais e invasões.

O ESPELHO SEG 29 FEV 2016 | 18:30
Um clássico da cinematografia mundial sobre a memória, reflexão e mistério. Um homem moribundo aos quarenta anos recorda o seu passado. A sua infância, a sua mãe, a Guerra, momentos pessoais, o misticismo da vida quotidiana e aspetos relacionados com a história da Rússia moderna, que se perdem nas preocupações mundanas do dia a dia.

SOLARIS SEG 29 FEV 2016 | 21:30
Os três últimos residentes da estação espacial Solarys enviam transmissões misteriosas ao controlo terrestre. Quando o astronauta e psicólogo Kris Kelvin é enviado para investigar este fenómeno, começa a sentir os mesmos sintomas estranhos que afligem os tripulantes da estação, atirando-o para uma viagem até aos mais sombrios recantos do seu consciente.

Andrei Tarkovsky (1932-1986) um dos realizadores mais poéticos e espirituais da história do cinema, acreditava que o cinema era algo que não entretenimento, mas sim arte, no sentido mais profundo e exato da palavra, e que os filmes não eram apenas reflexos da realidade, mas sim poemas oníricos. Criou a sua própria linguagem e o seu próprio mundo, queria esculpir o tempo e alcançar a verdade intrínseca da existência humana, procurando criar um impacto no espírito de cada espectador.

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