Um homem, de 50 anos, vai ser julgado no Tribunal de Coimbra por omissão de auxílio, falsas declarações às autoridades e violação das regras de segurança, na sequência de um acidente de trabalho que vitimou mortalmente o seu tio, em Tábua.
Os factos remontam a janeiro de 2020, durante uma obra de reconstrução de um muro, onde, segundo o Ministério Público (MP), o empreiteiro operava uma retroescavadora. A vítima, um homem que, segundo a acusação, não estaria formalmente contratada, foi atingida com violência pelo braço da máquina enquanto mexia na carga que esta transportava.
A lesão foi grave e impediu a vítima de se manter de pé ou pedir socorro, descreve o Correio da Manhã. No entanto, o arguido não acionou os meios de emergência, optando por transportar o tio na caixa aberta de uma carrinha até ao Centro de Saúde de Oliveira do Hospital. A vítima acabaria por ser transferida para os Hospitais da Universidade de Coimbra, onde faleceu três dias depois.
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O MP acusa o empreiteiro de ter tentado ocultar as verdadeiras circunstâncias do acidente, mentindo à GNR quando foi inquirido. O arguido afirmou que tinha encontrado o tio a andar com dificuldades perto de casa e que este lhe disse ter caído de um muro.
O Ministério Público sustenta que o empreiteiro agiu com o objetivo de iludir a responsabilidade criminal e ocultar a ocorrência de um acidente de trabalho, pelo qual seria responsável.
O caso segue agora para julgamento no Tribunal de Coimbra, onde o empreiteiro responderá por omissão de auxílio, falsas declarações e violação das regras de segurança laboral.
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