Política

Suzana Garcia quer “fazer tremer o sistema” 

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 28-08-2021

A candidata do PSD à Câmara Municipal da Amadora, Suzana Garcia, afirmou hoje querer “mesmo fazer tremer o sistema instalado”, e prometeu oferecer a sua vitória ao presidente do partido, Rui Rio.

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Numa intervenção muito aplaudida no Fórum Nacional Autárquico do PSD, que decorre hoje à tarde em Faro, Suzana Garcia disse estar consciente que a sua candidatura foi “um risco”, quer para si, quer para o presidente do PSD.

“Eu não sou política, nunca quis ser política, apesar de ter sido sempre eleitora do PSD, não sou militante partidária, sou estruturalmente independente, embora solidária e sempre leal, não me vinculo a amarras de disciplina partidária”, disse.

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Suzana Garcia justificou a colocação recente de um cartaz de campanha fora da Amadora, em Lisboa em frente à Assembleia da República, prometendo “fazer tremer o sistema”.

“A mensagem é simples e é dirigida a todos os que acham que o povo amadorense não irá aproveitar a oportunidade de ter uma presidente com voz no país e coração na Amadora”, afirmou.

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A candidata – num discurso de 15 minutos, depois do apelo da organização para que os restantes oradores falassem apenas cinco, devido ao atraso do programa – manifestou-se confiante na vitória sobre o PS nas eleições de 26 de setembro, que disse querer oferecer ao presidente do PSD.

“O PSD de Sá Carneiro, aquele a que me habituei, nunca verga, insiste, não desiste, não vira as costas ao povo”, afirmou, acusando o PS – reunido em Congresso em Portimão – de reunir “todos aqueles que se servem do Estado, em vez de servir o Estado”.

A intervenção seguinte coube ao deputado do PSD Duarte Pacheco, candidato à Câmara de Torres Vedras, também socialista, que disse ter aceitado o convite por entender que é preciso “estar disponível na hora em que o partido precisa”.

“Tenho a certeza de que o presidente do partido, daqui a uns meses ou a dois anos, quando for primeiro-ministro, terá uma lista infindável de pessoas disponíveis para o Governo. Não foi preciso esperar por esse momento, nós estamos aqui já hoje”, sublinhou.

O deputado acusou o PS – tal como outros candidatos autárquicos que foram discursando ao longo da tarde – de promover o “adormecimento” do país.

“Que ninguém fique em casa, para no dia 27 de setembro [dia seguinte às autárquicas] podermos dizer que o país acordou”, afirmou, manifestando-se convicto de que uma vitória é possível em Torres Vedras.

“Eu tenho sangue laranja nas veias, sou social-democrata de olhos fechados, mas se como presidente de Câmara tiver de me opor ao Governo [mesmo com Rio primeiro-ministro] assim farei, ao contrário dos autarcas do PS”, prometeu.

O combate ao declínio demográfico foi abordado ao longo da tarde por vários candidatos, como Carlos Condesso, presidente da distrital da Guarda e que concorre à Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo.

“Peço a Rui Rio que apresente um plano de resiliência para inverter este inverno demográfico”, apelou.

Também Pedro Machado, cabeça de lista à Figueira da Foz, defendeu que este é um tema que deve “unir o partido e o país”.

O candidato só indiretamente se referiu ao seu adversário, o ex-líder do PSD Pedro Santana Lopes (que se candidata como independente), dizendo sentir-se “profundamente honrado e orgulhoso” de disputar eleições pelos sociais-democratas e salientando que o partido não pode nunca “deixar de defender o estado de Direito democrático”, depois de já ter apresentado vários recursos judiciais na Figueira da Foz.

As críticas à “propaganda socialista” e à distribuição dos fundos da ‘bazuca’ europeia foram outra tónica forte dos discursos, com o presidente da distrital de Faro, David Santos, a acusar o Governo socialista de “falta de respeito” para com os algarvios quer nesta matéria, quer por ter votado contra a proposta do PSD para reduzir as portagens nas antigas SCUT.

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