As autoridades de saúde dos Estados Unidos suspenderam a autorização da vacina contra o vírus chikungunya desenvolvida pelo laboratório franco-austríaco Valneva.
De acordo com o laboratório, a decisão teve com base os novos casos que revelaram efeitos secundários provocados pela vacina.
A medida entra em vigor imediatamente e envolve a suspensão do envio e da venda de Ixchiq, nome comercial da vacina nos Estados Unidos, indicou hoje a Valneva.
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A vacina foi uma das primeiras a ser desenvolvida contra a chikungunya, uma doença viral transmitida de humano para humano por picadas de mosquito.
A implementação da substância foi interrompida por relatos de “vários efeitos secundários graves”, particularmente durante um surto da doença nas Ilhas Reunião, território ultramarino francês no Índico.
As autoridades de saúde francesas adotaram a vacina Ixchiq como a principal substância no combate à doença no território ultramarino. Vinte casos respeitantes a efeitos secundários graves foram relatados, em idosos.
De acordo com o último relatório, uma morte foi relacionada com a vacina.
Neste contexto, a vacina foi suspensa pela França e, em seguida, pela União Europeia para pessoas com mais de 65 anos de idade.
Mesmo assim, a União Europeia voltou a autorizar a vacina em julho, considerando que os efeitos colaterais não questionavam os benefícios da vacina contra uma doença que representa um risco, sobretudo nas pessoas mais idosos.
Por outro lado, nos Estados Unidos, através da Food and Drug Administration (FDA), autoridade de saúde norte-americana, foi decidido suspender a vacina para todos os grupos etários, citando relatos de novos efeitos secundários graves.
Segundo a FDA os benefícios da vacina “não superaram” os riscos.
Sem criticar diretamente a decisão da FDA, o laboratório Valneva disse que a suspensão foi uma medida “súbita” e considerou os efeitos secundários recentemente reportados, que afetaram quatro pessoas com idades entre os 55 e os 82 anos, comparáveis aos que já eram conhecidos.
O grupo franco-austríaco ainda não reviu as projeções financeiras, mas adiantou que está a avaliar o impacto financeiro da retirada permanente da vacina nos Estados Unidos.
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