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Justiça

Suspeito confessa assaltos a casa mas nega sequestro de crianças

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 29-11-2021

Um homem confessou hoje, no Tribunal de Aveiro, ter assaltado duas vezes uma casa, na sequência de um plano delineado com uma amiga que trabalhava na residência, mas negou ter sequestrado os três filhos dos donos da habitação.

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O arguido de 39 anos está acusado dos crimes de furto, roubo e sequestro, juntamente com a empregada doméstica que faltou à primeira sessão do julgamento por estar infetada com o novo coronavírus.

Os assaltos à residência situada em Aradas ocorreram nos dias 27 de maio e 02 de julho de 2020, mas só da segunda vez é que o arguido se deparou com as crianças, sendo que a mais velha tinha apenas quatro anos.

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Perante o coletivo de juízes, o arguido contou que entrou na casa e foi surpreendido com a presença da empregada junto à porta de entrada com os menores, adiantando que “o que estava combinado é que ela estaria na sala com as crianças”.

“Como não era o combinado, eu ali perdi-me. Ela foi para dentro da casa de banho e eu segui para as divisões onde supostamente teria que ir”, referiu, rejeitando ter trancado as crianças e a empregada na casa de banho.

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O arguido negou ainda ter “amedrontado” os filhos do casal, observando que “se alguma das crianças tivesse chorado ou até mesmo gritado dava meia-volta e vinha embora”.

Explicou também que estava munido com uma faca, que lhe teria sido entregue pela alegada cúmplice e que seria para “dar credibilidade a ela ser vítima”.

O arguido disse que o assalto demorou cerca de 10 a 20 minutos e assegurou não ter ideia dos bens que foram retirados da habitação.

“Só retirei caixas de um gavetão de uma cómoda no quarto, uns envelopes do escritório e um ‘tupperware’ do hall de entrada, que parecia ter moedas”, referiu, afirmando ter saído de casa, levando o carro da empregada.

Contou ainda que estacionou o carro, com o produto do roubo no interior, num local previamente combinado com a alegada cúmplice, acrescentando que não sabia o destino que ela iria dar aos artigos furtados e ficou à espera que ela o contactasse mais tarde, o que não chegou a acontecer.

O arguido explicou que decidiu entregar-se à Polícia Judiciária após ter visto um vídeo na rede social Facebook onde a alegada cúmplice admitia ter assaltado a casa com ele.

“Digamos que me caiu a ficha do mal que tinha feito. Aquilo já me andava a consumir. Não aguentei mais e foi quando decidi vir-me entregar”, afirmou.

A acusação do Ministério Público (MP) refere que no primeiro assalto, a 27 de maio de 2020, o arguido aguardou que a cúmplice saísse da residência para ir despejar o lixo e retirou alguns envelopes contendo documentos e mealheiros com 120 euros.

Desagradados com o resultado do furto, os dois combinaram repetir o assalto no dia 02 de julho de 2020, tendo a arguida indicado ao cúmplice quais os locais onde devia procurar os objetos com valor.

Na segunda vez, o arguido entrou na residência munido de uma faca, através de uma porta que a empregada tinha deixado aberta, tal como tinha sido combinado pelos dois, e disse à sua cúmplice para se trancar na casa de banho com as crianças, enquanto procurava objetos de valor pela casa.

De seguida abandonou a habitação levando consigo objetos em ouro e prata no valor de quase três mil euros e 500 euros em dinheiro.

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