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Coimbra

Soure, Montemor-o-Velho e Mira assumem metade do consumo de água em março e abril

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 20-03-2020

 

 

 

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Os municípios de Soure, Montemor-o-Velho e Mira vão assumir o pagamento de metade das faturas de consumo de água às famílias daqueles concelhos do distrito de Coimbra, disseram hoje à agência Lusa os respetivos autarcas.

Soure decidiu, em reunião extraordinária do executivo, que as famílias vão ter uma redução de 50% do valor de fornecimento de água, em consumos registados em março e abril, assumindo o município o pagamento do diferencial da fatura. Já aos bombeiros voluntários, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e juntas de freguesia, a câmara paga a totalidade da água consumida durante três meses, entre fevereiro e abril.

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“O município decidiu suportar, de forma direta ou indireta, a fatura dos consumos de água das famílias e instituições nesta fase difícil das suas vidas”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Soure, Mário Nunes.

Os três municípios constituíram, recentemente, a ABMG – Águas do Baixo Mondego e Gândara, empresa intermunicipal responsável pela exploração dos sistemas públicos de água e de saneamento, cuja faturação se deveria iniciar em março, “mas não é líquido que assim seja”, face ao surto de covid-19, argumentou Mário Nunes.

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É que a entidade responsável pela faturação e outros procedimentos da empresa intermunicipal suspendeu a sua atividade normal e Mário Nunes – que preside ao conselho de administração da ABMG – admite como “provável” que, face ao surto de covid-19, a entrada em funcionamento do novo sistema de faturação venha a ser adiado para maio.

“Quem dá ordens à ABMG são os municípios, se for só para [a nova faturação] vir em maio, até lá são os municípios que decidem. Se for a ABMG a faturar, o município paga [as reduções e isenções] à empresa. Se for o município a faturar [como até aqui], assume essas medidas”, argumentou Mário Nunes.

O presidente da Câmara de Soure notou, por outro lado, que o importante “é a decisão política e a mensagem que passa para as pessoas”.

“Estando em casa, vão gastar mais água e mais luz. O que interessa é passar a mensagem para que fiquem em casa e lavem as mãos, quem paga a fatura [pela metade] é a Câmara Municipal, porque há aqui um valor maior que é a saúde dos cidadãos”, frisou Mário Nunes.

Em Montemor-o-Velho, a autarquia divulgou, em comunicado, que o presidente da Câmara, Emílio Torrão, vai “ainda hoje” propor à ABMG – onde ocupa o lugar de vogal do conselho de administração – “a redução da fatura da água em 50% para todos os consumidores nos meses de março e abril”.

O autarca “vai ainda solicitar a isenção total a entidades ligadas ao setor social, associações, juntas de freguesia e para os consumidores abrangidos pelo tarifário social do concelho de Montemor-o-Velho, nestes dois meses, para apoiar a população face à pandemia” provocada pelo novo coronavírus.

Ouvido pela Lusa, Emílio Torrão indicou que pretende “chegar a acordo” com a ABMG “para ser possível operacionalizar a redução e isenção das faturas”.

Após o acordo com a concessionária – cujo conselho de administração agendou, para sábado, uma reunião de emergência – a proposta será levada à reunião da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho “para esta assumir o pagamento do diferencial” das faturas, enfatizou.

“O que queremos é contribuir para minimizar todo o impacto negativo que esta situação causa nos munícipes, empresas e setor social”, disse Emílio Torrão.

Em Mira, no litoral norte do distrito de Coimbra, o presidente Raul Almeida comunga da necessidade de apoiar as populações e empresas do concelho face ao surto do coronavírus e vai avançar com medidas semelhantes ao nível dos encargos com os tarifários de água.

“Há um artigo [nos estatutos da ABMG] que permite que em situações excecionais de catástrofe possa ser deliberada a redução ou isenção dos pagamentos. E a competência é dos municípios que vão assumir esse encargo”, explicou Raul Almeida, que é vice-presidente da empresa intermunicipal.

Mira pretende, assim, assumir o pagamento de “50% dos consumos domésticos e de empresas para minimizar os impactos desta crise” e pagar a totalidade dos encargos de consumo a bombeiros e IPSS.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 90.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.

O número de mortos no país subiu para seis.

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