O DJ e produtor musical neerlandês Hardwell foi hoje anunciado como cabeça de cartaz na edição de 2026 do festival de música eletrónica Somnii, um regresso dez anos depois da primeira atuação na praia da Figueira da Foz.
Em informação adiantada hoje à agência Lusa, a promotora MOT – Memories of Tomorrow definiu o regresso de Hardwell ao palco do Somnii – cuja 12.ª edição decorre de 10 a 12 de julho, na praia do Relógio – como “um momento especial” e “um regresso há muito pedido pelo público”.
Eleito por duas vezes o melhor DJ do mundo, Hardwell, de 37 anos, nascido em Breda, nos Países Baixos, tem construído, nas últimas duas décadas, uma carreira internacional na música eletrónica de dança, onde cruza vários géneros, do ‘house’ progressivo ao mais recente ‘hardstyle’, apesar da pausa nas digressões e espetáculos ao vivo que fez entre 2018 e 2022.
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Figura recorrente em palcos portugueses, passou no ano passado pela Beach Party da Nova Era, em Matosinhos, e no ano anterior pelo Sudoeste, na Zambujeira do Mar.
Na biografia ‘online’ do DJ, produtor musical e proprietário da editora Revealed (criada em 2010 para lançar música eletrónica de dança de talentos emergentes, ao ritmo de uma compilação anual), lê-se que o artista neerlandês é autor de temas como “Spaceman”, “Apolo” ou “Run Wild” e ‘remixes’ de temas de Rihanna, Calvin Harris, U2, Moby ou Coldplay, entre muitos outros.
“Apesar da sua versatilidade que abrange diversos géneros, Hardwell manteve-se sempre fiel às suas raízes na música eletrónica, colaborando frequentemente com artistas contemporâneos e parceiros de proximidade como Armin van Buuren, Dimitri Vegas & Like Mike, Steve Aoki, Afrojack e Tiesto”, adianta a biografia.
Hardwell é ainda autor de dois álbuns de estúdio: “United We Are”, de 2015, que teve edição global, e “Rebels Never Die”, de 2022.
Em 2016, durante a digressão “I Am Hardwell”, o DJ dos Países Baixos passou pela Figueira da Foz para assinar, a meio da tarde, uma atuação de 75 minutos no Somnii, no mesmo dia em que participou em mais dois festivais europeus, em Espanha e na Áustria.
Na altura, as autoridades locais e a produção do festival – então a cargo da Genius y Meios, do grupo Renascença -, improvisaram um heliporto no quartel dos Bombeiros Sapadores, para que o DJ pudesse chegar de helicóptero à cidade litoral do distrito de Coimbra, após ter voado de Espanha para o Porto num avião privado, o mesmo que o transportou, depois, para a Áustria.
No comunicado, a MOT revelou ainda estar a preparar para a edição de 2026 do Somnii uma iniciativa sobre o conceito “Tempo”, propondo aos festivaleiros “uma reflexão sobre a forma como o vivem, como o percebem e transformam cada momento em memórias”.
Para materializar este conceito, a produtora vincou que o símbolo visual do festival será um relógio de sol, que remete para o ícone da praia do Relógio – a torre de 23 metros de altura construída na marginal fronteira ao areal na década de 1940 e que é um ‘ex-líbris’ da Figueira da Foz.
Originalmente, a torre foi encimada precisamente por um relógio de sol, instalado em 1949, há 76 anos, substituído na década de 1970 por um relógio mecânico.
Citado na nota, Tiago Castelo Branco, diretor-executivo da MOT, afirma que a 12.ª edição do Somnii reforça o compromisso da organização “com a excelência e a continuidade de um festival que se tornou uma referência no panorama dos grandes eventos em Portugal”.
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