Crimes

Sócio do Nicola assassinado em encontro homossexual

Notícias de Coimbra | 2 meses atrás em 09-03-2024

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Mário Luís Oliveira, outrora sócio do café Nicola, em Coimbra, que se encontrava desaparecido desde agosto, foi encontrado morto em outubro.

Após ter desaparecido, a 19 de agosto, o carro Mário Luís Oliveira, de 57 anos, foi encontrado dias depois, com um vidro partido, numa zona da localidade do Senhor da Serra, em Miranda do Corvo.

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Os restos mortais foram encontrados numa fossa de uma casa, em Chãs, Miranda do Corvo, onde residia Geovani Gomes, de 36 anos, detido pela PJ como sendo o suspeito do crime.

Geovani Ferreira Gomes, de 37 anos, trabalhava na construção civil e nas horas vagas mantinha encontros sexuais a troco de dinheiro. O empresário de Coimbra de 57 anos, sócio do café Nicola, seria um dos clientes.

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Segundo a acusação, revelada pelo Correio da Manhã, no decorrer de mais um ato sexual, a vítima terá manifestado interesse em aprofundar o relacionamento com o arguido, convidando-o a fugir para o Algarve.

A proposta não terá agradado a Geovani que terá interrompido o ato, alegando que não era homossexual e era casado.

O despacho refere que depois de o empresário lhe desferir um murro nas costas, o arguido lhe colocou o braço em volta do pescoço e o apertou, aplicando o golpe conhecido por “mata-leão”, causando-lhe a morte por asfixia.

Para se certificar que estaria morto, terá ainda usado as fitas que tinha enrolado à volta do pescoço da vítima durante as relações sexuais e puxou com força, adianta o CM

O jornal revela que arguido e vítima conheceram-se através de uma plataforma de encontros sexuais, onde o homicida tinha um anúncio. Entre 8 de julho e 19 de agosto de 2023 ter-se-ão encontrado na casa em Chãs com uma regularidade de três vezes por semana. De 29 de julho e 19 de agosto terão trocado um total de 75 mensagens.

O jornal afiança que o matador deixou o cadáver na casa de banho e foi ao Senhor da Serra, onde bebeu cerveja no café. De regresso a casa, abriu a tampa da fossa sética, nas traseiras, e atirou o cadáver para o interior. Como o corpo não cabia, forçou com os pés até conseguir fechar a tampa.

Já pelas 9 da noite, levou o carro do empresário até um caminho florestal deste local de Miraanda do Corvo, onde o abandonou, deixando também o telemóvel e a carteira da vítima.

A acusação refere que trancou a viatura e atirou a chave para a floresta. Depois de beber mais algumas cervejas num café, voltou ao local para recuperar o telemóvel e a carteira, com receio de ser incriminado. Partiu o vidro da viatura e desfez-se desses objetos no percurso para o café.

Já no dia seguinte, colocou cal, carvão incandescente e tinta por cima do cadáver para ocultar o odor. Os colegas de casa estranharam o cheiro e Geovani disse que era de um gato morto.

Recordamos que o brasileiro foi preso no dia 6 de outubro, depois de ter sido caçado pela PJ no dia 4.

Na altura que a polícia revelou que estamos “perante um crime de homicídio qualificado e crime de profanação de cadáver”, diz, uma vez que o corpo “estava oculto, escondido numa fossa contígua à residência onde vivia na altura o suspeito e que agora se encontra detido”.

De seguida, o juiz de instrução entendeu que estava em causa o perigo de fuga, o perigo de continuação de atividade criminosa, bem como o perigo de perturbação de inquérito, pelo que o brasileiro acusado de ter matado Mário Luís Oliveira, sócio do café Nicola, no dia 6 de outubro, em prisão preventiva.

A 5 de outubro, a psicóloga Joana Amaral Dias sugeriu na TVI que “poderia haver uma relação” entre assassino e vítima.

“Da minha experiência forense quando há extorsão […] há um homicídio que tem outro tipo de envolvimento” seja “afetivo, romântico, sexual”, concluiu a conimbricense.

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