CHUC

Só volvidos oito anos os ex-HUC se articularam informaticamente com o Hospital dos Covões!

Rui Avelar | 4 anos atrás em 05-02-2020

Só volvidos oito anos sobre a criação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que engloba o polo de Celas e o de S. Martinho do Bispo, acaba de ocorrer uma operação informática que subtraiu os antigos HUC quase à “Idade da Pedra”.

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Durante perto de uma década (a fusão que envolveu, por exemplo, os antigos HUC e o Hospital dos dos Covões deu-se em 2011) permaneceu uma manta de retalhos em matéria de articulação de sistemas de informação.

“Os HUC estavam informatizados, só que tinham uma informação fragmentada, em que algumas aplicações eram produto dos próprios profissionais de um determinado serviço”, explicou, hoje, citado pela Agência Lusa, o presidente do CHUC, Fernando Regateiro.

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Segundo o médico e gestor, tratava-se de “aplicações com mérito (…) só que o problema é que um grande hospital tem de trabalhar numa harmonia em rede para que haja uma integração de dados imediata quando alguém precisa de elementos de um determinado doente que vai à Urgência ou que mudou de serviço”.

Os antigos HUC possuíam uma ferramenta, fornecida pela empresa Glintt, enquanto Covões, Maternidade de Bissaya Barreto e Hospital Pediátrico (unidades oriundas do outrora CHC – Centro Hospitalar de Coimbra) já tinham feito a migração do software Sonho v1 para a versão 2 (Sclínico), desenvolvido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde para as instituições do SNS.

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A criação do actual Sclínico permitiu a agregação dos dois sistemas previamente existentes: o Sistema de Apoio ao Médico (SAM) e o Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem (SAPE), mas o polo de Celas do CHUC funcionou, durante anos, com um sistema sem interoperabilidade com as ex-unidades do outrora CHC.

Em Novembro de 2017, completados quase seis anos sobre a referida fusão, o principal auditório do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra acolheu uma sessão sobre transformação digital, dinamizada pelo CHUC e pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

A iniciativa visou preparar o Centro Hospitalar para uma mudança tecnológica baseada na harmonização de softwares.

A falta de harmonização dos softwares de atendimento e de registo clínico em todo o CHUC foi encarada como uma oportunidade para a implementação de ferramentas digitais na expectativa de obtenção de mais-valias significativas no atendimento e partilha de informação entre o Centro Hospitalar e Universitário o Serviço Nacional de Saúde.

Segundo os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, o desenvolvimento do Sclínico teve como principal objectivo a uniformização do registo clínico electrónico, de forma a normalizar a informação clínica recolhida nas várias instituições.

De acordo com a Lusa, a necessidade de uniformização e de fundir os sistemas do antigo Centro Hospitalar (CHC) e dos Hospitais da Universidade de Coimbra, após a sobredita fusão, bem como de substituir equipamentos obsoletos, fez o CHUC avançar para um “choque tecnológico”.

“Houve necessidade, de facto, de fazer um choque digital, uma transformação digital a sério, que fosse muito além do que é simplesmente a mudança de um computador ou de uma aplicação; foi necessário uniformizar sistemas de informação e foi também necessário fazer a fusão dos sistemas de informação [do ex-CHC e dos antigos Hospitais da Universidade de Coimbra] e substituir hardware obsoleto”, indicou Fernando Regateiro.

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