Joaquim Silva decidiu iniciar uma greve de fome e de líquidos à porta do Tribunal de Família e Menores de Coimbra para exigir o direito de ver o seu filho.
O protesto, iniciado por volta das 8:30 desta segunda-feira, 8 de setembro, acontece na sequência de alegados conflitos judiciais relacionados com a guarda do menor.
Joaquim afirma que não sairá do local, denunciando o que considera “uma série de injustiças” que sofreu.
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“Só saio daqui ou com justiça ou então morto. Prejudicar um ser humano com mentiras é desumano, é maquiavélico, é hediondo”, disse à nossa reportagem.
O homem, que sofre de uma doença degenerativa e necessita de medicação diária, chegou ao tribunal preparado, com colchão e cartazes, incluindo um onde se lê: “Procura-se filho órfão de pai vivo”.
O pai explica ainda que já esteve nove meses sem ver o filho e que, nos últimos quatro meses, voltou a ser impedido de o contactar.
Joaquim, reformado por invalidez devido à sua doença, tem um percurso profissional variado, tendo sido jogador de futebol profissional em clubes como FC Porto, Académica, Marítimo, Nacional da Madeira, Farense e Santa Clara.
Mais tarde formou-se em Psicologia e trabalhou como psicólogo. Vive em Coimbra há mais de uma década.
O pai refere ainda que possui várias perícias que atestam que não é violento, mas que estas nunca foram tidas em consideração pelo tribunal.
Até ao momento, Joaquim permanece junto ao tribunal, prometendo manter-se no local enquanto não houver uma decisão judicial que considere justa.
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