José Manuel Silva deu hoje “os parabéns aos SMTUC pela brilhante ideia de mandar instalar uma lindíssima barreira de 8000 euros que esconde 37 autocarros imobilizados e sem manutenção, deixando linhas mal servidas”.
O líder do movimento Somos Coimbra, que falava na reunião do executivo municipal, referiu ainda que espera que a maioria PS/CDU cumpra a promessa eleitoral de diligenciar no sentido da criação da carreira de motoristas.
O senhor é o cavaleiro da desgraça, respondeu Jorge Alves, que acusou José Manuel Silva de não ter “bufos” credíveis.
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O vereador e presidente dos SMTUC negou que esteja a esconder autocarros e acusou a oposição de fazer “palhaçada”.
Paula Pêgo, vereadora do PSD também se referiu a todo o processo que separa motoristas da maioria que governa Coimbra.
“Reiteradamente tenho defendido nesta Câmara que é urgente resolver esta injustiça para com os motoristas dos SMTUC, relembro a minha intervenção de 9 de abril de 2018, onde referi que (…) o caminho não se faz com conflitualidade social, nem com o exercício musculado do efémero poder, mas com ações concretas para a resolução dos problemas das pessoas que em cada momento se nos deparam”, concluiu a vereadora do PSD.
Dirigindo-se a “José Silva”, Carlos Cidade disse que o que é dito pelo médico “faz mal à saúde”. Freud explica, concluiu o vice-presidente da Câmara.
O alegado escondimento dos autocarros já tinha sido denunciado por Sancho Antunes, motorista dos SMTUC, no dia em que a Câmara e o Governo apresentaram 10 autocarros eléctricos.
Nesse dia, cerca de uma dezena de trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) manifestaram-se pela reposição da carreira de agente único dos motoristas e melhores condições de trabalho.
Os trabalhadores tentaram interpelar o ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, no final de uma cerimónia de apresentação de dez novos autocarros elétricos dos SMTUC, exigindo a reposição da carreira.
“Acham justo que uma pessoa que conduz esta viatura que transporta vidas ganhe 635 euros [salário mínimo nacional]?”, questionava Sancho Antunes, da Comissão de Trabalhadores dos SMTUC.
Segundo Sancho Antunes “não há investimento na parte humana” dos SMTUC, contabilizando mais de 40 motoristas que ganham o ordenado mínimo, “quando uma carta de condição custa perto de cinco mil euros”.
“O presidente da Câmara de Coimbra [Manuel Machado] prometeu ajudar-nos e até hoje fez zero”, criticou o membro da Comissão de Trabalhadores, referindo que os motoristas sentem-se abandonados não apenas pela autarquia, mas também pelos sindicatos e por todos os partidos políticos.
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