Coimbra

Sinos tocam a rebate em Aldeia das Dez

Notícias de Coimbra | 38 minutos atrás em 15-08-2025

Os sinos tocaram hoje a rebate na povoação de Aldeia das Dez, Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, para alertar a população face à aproximação do incêndio com origem em Arganil, disse fonte autárquica.

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As chamas, que tinha entrado no território concelhio de Oliveira do Hospital ao final de quarta-feira, dia de deflagração do incêndio na freguesia do Piódão e evoluíram lentamente nas vertentes do monte do Colcurinho, acabaram por provocar o caos na quinta-feira, com populares e autarcas a temer que se viesse a repetir o sucedido em outubro de 2017, quando o fogo atravessou os rios Alvoco e Alva e atingiu a malha urbana concelhia.

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Ouvida hoje pela Lusa, a presidente da Junta de Freguesia de Alvoco das Várzeas, Cátia Alves, contou que o incêndio tem duas frentes ativas em Oliveira do Hospital: uma nas vertentes junto ao rio Alvoco, que é um dos locais que suscita preocupação, com as chamas a avançarem para montante em direção a Vide (concelho de Seia, distrito da Guarda), e outra, mais a jusante, a evoluir em direção à Aldeia das Dez, onde residem quase meio milhar de pessoas, que “estão em alerta”.

“O fogo está a correr com grande velocidade, o incêndio está descontrolado e tememos que possa ser pior ou igual do que o de 15 de outubro [de 2017, passam no dia de hoje sete anos e dez meses]. Está um vento terrível, que complica o trabalho e a atuação dos bombeiros”, enfatizou a autarca.

“Os bombeiros estão a proteger casas, de resto não tem meios. Isto vai ser um incêndio mais duradouro [do que o de 2017], ou seja, não se propaga com tanta rapidez, mas fica a arder muitos dias”, declarou.

Para além da zona da Aldeia das Dez, localizada numa encosta sobranceira à Ponte das Três Entradas (onde os rios Alvoco e Alva se encontram), Cátia Alves notou que o perigo das chamas avançarem para norte “é real”, caso as projeções as façam passar os vales daqueles dois rios.

Pelas 12:30, o incêndio de Arganil, que no distrito de Coimbra se estendeu aos municípios de Oliveira do Hospital e da Pampilhosa da Serra, estava a ser combatido por 903 operacionais, apoiados por 308 viaturas e cinco meios aéreos, segundo a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

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