Papel, sabão, pano, cabelo, lã, terra, giz, pó de talco, tinta, metal, pedras, carvão, cinzas, argila, amido, gelo. Ou até tijolos. A alotriofagia, também conhecida como síndrome de pica, é um distúrbio alimentar em que as pessoas ingerem substâncias que não são comestíveis e que não possuem valor nutricional.
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O nome “pica” tem origem no pássaro pica-pica, também conhecido como pega-rabuda, que tem uma dieta muito variada e tende a comer qualquer coisa que lhe apareça à frente. Este comportamento nas pessoas com a síndrome é muitas vezes impulsivo e difícil de controlar, o que pode afetar negativamente a saúde física e as relações sociais da pessoa.
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Embora o distúrbio seja relativamente raro, ele costuma estar associado a deficiências nutricionais, como a falta de zinco e ferro, mas também pode estar relacionado a problemas psicológicos e transtornos mentais.
As causas da alotriofagia são multifatoriais envolvendo fatores emocionais e alimentares. As mulheres grávidas e as crianças são os grupos mais afetados. No caso das crianças, o transtorno pode estar relacionado com um suporte emocional insuficiente ou uma dieta nutricionalmente deficiente.
De acordo com o site ZAP, o tratamento da síndrome de pica não segue um protocolo único, já que cada caso é único e requer uma abordagem específica. No entanto, os especialistas sugerem três estratégias principais: correção de deficiências nutricionais, psicoterapia e, em alguns casos, medicação. Também é comum que o diagnóstico da síndrome de pica seja acompanhado de transtornos psiquiátricos, como depressão, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou transtorno de ansiedade.
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