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Sindicatos da guarda prisional satisfeitos com acordo sobre sistema de avaliação

Notícias de Coimbra | 1 mês atrás em 11-09-2024

O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional afirmou que o acordo hoje alcançado com o Ministério da Justiça sobre o sistema de avaliação vai permitir uma progressão na carreira mais rápida, tornando a profissão mais atrativa.

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Em declarações à Lusa, Frederico Morais considerou tratar-se de um “acordo histórico”, sublinhando que era uma reivindicação do sindicato com três anos e que agora se concretizou, faltando o Ministério da Justiça enviar o documento final que deverá ser assinado muito em breve.

O sindicalista referiu que o sistema de avaliação da guarda prisional passará a ser idêntico ao da PSP, embora com as necessárias adaptações, garantindo uma progressão mais rápida na carreira, com subida de nível num mínimo de três em três anos.

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Frederico Morais destacou que o novo sistema de avaliação, que implicará “uma alteração nos estatutos” da guarda prisional, vai tornar a carreira de guarda prisional mais atrativa, numa altura em que esta era muito menos apelativa do que a da PSP ou a da GNR.

O responsável do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) revelou ainda que durante a reunião no Ministério da Justiça foi confirmado a abertura de concurso para mais 225 guardas prisionais, aproveitando para recordar que o sindicato estima que o atual défice de guardas é de 1.500.

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Este concurso, frisou, deverá permitir que os novos guardas possam entrar em funções ainda no próximo ano.

À saída da reunião e em declarações aos jornalistas, Frederico Morais confirmou a notícia avançada pela RTP de que nove telemóveis, cartões SIM e carregadores tinha sido apreendidos na cadeia do Linhó (Sintra), considerando que isso evidencia o “excelente profissionalismo” da guarda prisional. Adiantou que o material apreendido tinha sido levado por um ex-recluso que agora trabalha numa empresa de entregas e que era conhecedor das rotinas prisionais.

O presidente do SNCGP mostrou-se confiante na promessa ministerial de que haverá mais investimento no sistema penitenciário, entendendo que a realização da auditoria à segurança das cadeias mandada efetuar pela ministra Rita Alarcão Júdice é um sinal disso.

Frederico Morais revelou que o caso da fuga de cinco reclusos da cadeia de Vale de Judeus foi “obviamente” abordado na reunião de hoje, incluindo algumas críticas que a ministra fez na passada terça-feira, tendo o dirigente sindical reiterado aos jornalistas que o sindicato nada tem a apontar aos guardas que estavam de serviço no dia em que ocorreu a fuga daquela prisão em Alcoentre, na Azambuja.

Por seu lado, Hermínio Barradas, presidente da Associação Sindical dos Chefes da Guarda Prisional, congratulou-se com o acordo hoje alcançado sobre o sistema de avaliação, mas observou que o mesmo já era “expectável”, embora tenha “acontecido de forma mais rápida” do que era esperado pela guarda prisional.

Hermínio Barradas apontou a importância de o sistema de avaliação ser semelhante ao da PSP, revelando contudo que uma “questão técnica” ficou em aberto com o Ministério da Justiça, nomeadamente a de definir “quem vai avaliar” os guardas. Em sua opinião, não se trata de uma questão de somenos relevância para quem é avaliado e para quem avalia.

O presidente do sindicato dos chefes da guarda prisional diz aguardar agora o “documento formal” do Ministério da Justiça sobre o sistema de avaliação para o mesmo ser apreciado.

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