O Sindicato Independente de Médicos (SIM) questionou, ontem (16), se o encerramento e a desqualificação de serviços no Hospital dos Covões (Coimbra) será prenúncio daquilo que poderá vir a acontecer nos antigos HUC.
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Sob a interrogação “Caminho para a desqualificação da saúde em Coimbra?”, a associação sindical lamenta que desde a génese do Centro Hospitalar e Universitário (CHUC), em 2011, se assista “ao progressivo desmantelamento e desqualificação” do Hospital Geral (Covões).
“A actividade do Serviço de Cardiologia foi concentrada” nos antigos HUC e “o encerramento da UCIC nos Covões obrigou à hipertrofia da unidade equivalente” existente em Celas, a qual passou a dispor de 30 camas, muitas vezes com presença de apenas um cardiologista, adverte o SIM.
O organismo acrescenta, em comunicado, que o Serviço de Urgência nos Covões, com instalações funcionais, oferecendo condições de assistência digna, tem sido secundarizado, desde 2011, havendo, agora, a “ameaça da sua desqualificação em Urgência básica e posterior encerramento”.
“Na prática e contra as disposições da ARS/Centro, a Urgência nos Covões é já de carácter básico por lhe terem sido retiradas especialidades”, alega o SIM.
Segundo a associação sindical, “a eliminação de serviços clínicos, a par da de camas de internamento, terá como consequência inevitável a diminuição das capacidades formativas num número significativo de especialidades médicas (…) em benefício das
grandes centralidades de Lisboa e Porto”.
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