Coimbra

Sindicato de Hotelaria e Restauração do Centro diz que novos sindicatos são uma “tentativa de divisão dos trabalhadores” e de combate ao “sindicalismo coerente, firme, sério e responsável”

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 03-05-2019

Os novos sindicatos são uma “tentativa de divisão dos trabalhadores” e de combate ao “sindicalismo coerente, firme, sério e responsável”, defendeu hoje em Coimbra o presidente do Sindicato de Hotelaria, Turismo e Restauração do Centro, António Baião.

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“Temos assistido mais recentemente a uma nova tentativa de divisão dos trabalhadores, a de combater por todos os meios o sindicalismo coerente, firme, sério e responsável que fazemos na CGTP-IN [Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional], em cada um dos nossos sindicatos”, afirmou António Baião, hoje, em Coimbra, a propósito do “aparecimento de novos sindicatos”.

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Essas novas organizações dizem-se “independentes”, mas só “enquanto não se descobre a sua ligação a estruturas com interesses bem diferentes dos que prosseguem os trabalhadores”, acrescentou o dirigente sindical.

António Baião falava hoje, em Coimbra, na sessão de tomada de posse dos novos corpos gerentes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, após a qual ele foi reeleito, pelos 25 novos membros da direção, presidente deste órgão.

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Alguns desses novos sindicatos “formam-se, dividem e esfumam-se, outros radicalizam posições e lutas para dizer que eles é que irão defender os trabalhadores”, sustentou.

“Mas nós, sindicatos da CGTP-IN, já fomos confrontados com estas manobras e temos a obrigação de no terreno e no confronto direto, com a coerência na nossa ação e história de trabalho com provas dadas, não deixar que os trabalhadores e trabalhadoras vão na ilusão e caiam no canto do cisne”, apelou.

António Baião, que hoje foi eleito para o terceiro mandato consecutivo como presidente daquele Sindicato, considerou, por outro lado, “bastante positiva a evolução do turismo e das atividades económicas ligadas ao setor”, assim como das “áreas de serviços prestados por empresas privadas ao Estado e empresas”, como as de alimentação em escolas ou hospitais, entre outras.

Mas, alertou, “em todos estes setores tem de se continuar a chamar a atenção, denunciando e esclarecendo todos, porque a realidade vivida pelos trabalhadores é infelizmente bem diferente e não se traduzem os resultados positivos nas vidas de quem todos os dias trabalha e vende a sua força de trabalho, prestando o seu melhor ao serviço de todos” aqueles que servem.

Em 2018, “a FESAHT [Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal]/sindicatos da CGTP-IN conseguiram fechar negociações [com as associações empresariais] para melhorar os salários” dos trabalhadores nos hotéis e na restauração e similares, “mas em 2019 ainda não há qualquer acordo para a atualização” das remunerações este ano”, sublinhou, à agência Lusa, António Baião.

Por isso, “temos de se continuar a afirmar que esses aumentos sendo positivos” não conseguem, por si só, “eliminar a enorme contradição existente nestes setores”, defendeu o dirigente sindical.

“Aqueles que diariamente contribuem para que o destino turístico Portugal e as suas cidades ganhem prémios”, que são os trabalhadores, têm de ver “premiado o seu esforço e dedicação”, concluiu António Baião.

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