Economia
Sindicato de Hotelaria do Centro acusa na Figueira da Foz associações de bloquear contratação coletiva

O Sindicato de Hotelaria e Restauração do Centro acusou hoje as maiores associações do setor de bloquearem a contratação coletiva e manterem ordenados congelados, quando se registam recordes nas receitas do turismo.
Numa ação de sensibilização na Figueira da Foz, no litoral do distrito de Coimbra, aquela estrutura sindical alertou esta manhã para os direitos dos trabalhadores do setor e para o bloqueio da contratação coletiva promovido pela Associação de Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).
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“A AHP tem os salários congelados há mais de 15 anos e a ARESP desde 2023 “, lamentou Afonso Figueiredo, não compreendendo que “se atinjam recordes de receitas no turismo e isso não se traduza em melhores condições para os trabalhadores, que na sua maioria recebem o salário mínimo nacional”.
Segundo o dirigente sindical, a manter-se a atual situação em 2026 “os trabalhadores com 20 e 30 anos de casa vão ficar a receber o salário mínimo nacional”.
Afonso Figueiredo acusa as duas principais associações do setor de, no âmbito da contratação coletiva, tentarem impor cláusulas que reduzem os direitos dos trabalhadores, numa tentativa de flexibilizar o trabalho e reduzir os pagamentos aos fins de semana e feriados.
“Defendemos a redução da carga horária para 35 horas semanais, o acréscimo de pagamento aos fins de semana e feriados e o aumento do número de dias de férias para 25 dias, mas as nossas propostas têm recebido um redondo não das entidades patronais”, referiu.
Durante o mês de agosto, O Sindicato de Hotelaria e Restauração do Centro vai realizar ações de sensibilização e informação junto dos trabalhadores do setor e dos clientes para denunciar estas situações e mobilizar os profissionais para a luta pelos seus direitos.
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