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Sindicato de chefes da PSP diz que existe risco de “tempestade perfeita” na segurança

Notícias de Coimbra com Lusa | 11 meses atrás em 19-04-2023

O Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP demonstra preocupação sobre os recentes acontecimentos ocorridos no Bairro Padre Cruz, em Lisboa, considerando que a situação pode culminar numa “tempestade perfeita” na área da segurança interna.

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Em comunicado, o Sindicado Nacional da Carreia de Chefes da PSP (SNCC/PSP) indica que vai pedir reuniões “urgentes com a tutela e a administração” por causa dos factos ocorridos na  semana passada que ficou marcada por “ataques violentos a polícias, instalações policiais e património pessoal” de profissionais da PSP. 

“Grupos de cidadãos entendem que é legítimo obstar a ação policial; entendem que podem, por via da força, tentar libertar um cidadão detido em flagrante delito pela prática de factos criminais; entendem que é legítimo atacar edifícios públicos e que podem, igualmente, colocar em causa o regular funcionamento de instituições, ou pelo menos entendem e sentem que não há consequências perante os atos praticados”, refere em comunicado o sindicato.

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Vinte e uma pessoas foram detidas no último mês no bairro Padre Cruz, em Lisboa, na sequência de várias ações policiais, a última das quais na segunda-feira, que culminou com agressões a agentes da PSP.

Em comunicado divulgado na terça-feira à noite, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) refere que as 21 detenções estão ligadas à suspeita de crimes como tráfico de droga (nove), condução sem habilitação legal (cinco), resistência e coação (quatro) e condução sob efeito de álcool (três).

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A última detenção aconteceu na segunda-feira e ocorreu após uma intervenção policial “com uso de força para reposição da ordem pública”.

Hoje, o SNCC/PSP manifesta preocupação pretendendo “partilhar com os cidadãos” o que considera ser um “caminho perigoso” que está a ser trilhado e que pode culminar, numa “tempestade perfeita” na área da segurança interna.

Para o sindicato agrava-se a política de “desinvestimento nas Forças de Segurança”, com especial incidência na PSP, verificando-se “falta de capacidade” no recrutamento e “rejuvenescimento” dos quadros. 

No comunicado, o SNCC/PP queixa-se que as estruturas de representação dos profissionais têm sido desprezadas e que todos os “problemas e, essencialmente, todas as propostas de solução” têm sido desvalorizadas.

O SNCC/PP critica também a incompreensão face às decisões do poder judicial que, adianta, favorecem a delinquência.

“Decisões do poder judicial que, incompreensivelmente, perante situações de injúrias, ameaças e ofensas à integridade física têm merecido decisões que os cidadãos não compreendem e têm tido o efeito de empoderamento dos delinquentes perante os legais representantes do poder do Estado”, refere o comunicado de duas páginas. 

O sindicato compara estes episódios aos acontecimentos ocorridos nas periferias de Paris nos anos 1990 e que “registaram fortes conflitos sociais”, com a destruição da propriedade privada e ataques indiscriminados a profissionais da polícia e bombeiros.

“A solução dos problemas que estamos a viver, não partem todos do Ministério da Administração Interna e muito menos da Polícia de Segurança Pública, mas a capacidade de prevenir e antecipar problemas futuros, cuja gravidade (se nada for feito) irá seguramente crescer, depende e muito de mudar a política que tem marcado as governações recentes”, diz ainda o comunicado divulgado hoje pelo SNCC/PSP. 

 

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