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Economia

Sindicato acusa Governo de fazer “tábua rasa” da perda de poder de compra

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 13-10-2022

O Sindicato dos Trabalhadores das Grandes Superfícies acusou hoje o Governo de fazer “tábua rasa” da perda de poder de compra do último ano e de levar à discussão “menos de 1,1%” acima da inflação prevista para 2023.

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No acordo de Concertação Social, assinado no domingo em Lisboa, “o Governo faz tábua rasa da perda de poder de compra do último ano e leva à discussão menos de 1,1% acima da inflação prevista para o próximo ano”, critica o Sindicato dos Trabalhadores das Grandes Superfícies, Armazéns e Serviços de Portugal (STGSSP).

O sindicato avisa também que o Governo “volta a colocar as/os trabalhadoras/es reféns de situações extraordinárias de rutura de disrupção das cadeias de produção e distribuição”, como aconteceu este ano após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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E prossegue: “Num momento em que as previsões da inflação são revistas em alta, prevendo-se a fixação em 7,8% para este ano e acima dos 4% para 2023, o Governo propõe aumentos salariais de 5,1% para o próximo ano, baixando esse valor nos seguintes”.

Nesse sentido, o Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos e dos Salários, “não é mais” do que uma tentativa do Governo de “salvar a face perante o seu erro na análise macro-económica”, rejeitando os “efeitos permanentes” do aumento generalizado de preços.

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Além disso, o STGSSP considera que “não visa efetivamente” uma “real distribuição dos lucros extraordinários e escandalosos das empresas”, nomeadamente as de energia e distribuição, mas “conceder benefícios fiscais” às empresas que entenderem promover melhorias nas condições de trabalho, nomeadamente em função de “aumentos salariais e da diminuição dos fossos salariais”.

Na nota citada, recorda que o acordo mereceu a rejeição da CGTP e avisa que deverá “merecer a rejeição de todas/os aquelas/es que pretendem soluções efetivas” e “não meras intenções”.

Para o sindicato, ao Governo “faltou [também] coragem” para tributar lucros extraordinários e “redistribuir parte dessa riqueza”, num momento “extraordinariamente difícil” para “as/os trabalhadoras/es e suas famílias”.

Realça ainda que “faltou, mais uma vez, coragem para legislar em matérias vitais para a economia”, deixando esse caminho à “consideração dos interesses económicos”.

Por último, o STGSSP solidariza-se com a CGTP na sua ação de “Mobilização e Luta” 15 de outubro, em defesa da valorização do trabalho e por salários e condições de vida dignas.

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