Justiça
“Silêncio, por favor!”. Alta voz ou videochamadas em público podem dar multas até aos 250 euros

O hábito cada vez mais comum de ouvir colocar as chamadas em alta voz, assistir a vídeos ou participar em videochamadas sem auscultadores tem vindo a gerar queixas no transporte público, especialmente nos comboios e autocarros.
Em 2024, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) recebeu quase 29 mil reclamações, das quais 121 foram relacionadas com comportamentos considerados ruidosos ou pouco civis por parte dos passageiros, o que já resultou em multas que variam entre 50 e 250 euros.
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A Comboios de Portugal (CP) reconhece este problema e está a ponderar implementar carruagens dedicadas ao silêncio, especialmente nos serviços de longo curso como o Alfa Pendular, seguindo o exemplo de países europeus como França, Alemanha e Itália. Atualmente, a CP emite avisos nos comboios para promover o uso responsável do som e está a rever a sua política para combater estas situações, dá conta a Forever Young.
No transporte rodoviário, tanto a Rede Expressos como a Flixbus confirmam que o ruído pode causar incómodo, mas garantem que as queixas são ainda pontuais. A Rede Expressos já passou a incluir vídeos a bordo com recomendações para uma boa conduta, entre as quais o controlo do volume dos dispositivos móveis.
A Flixbus, por sua vez, recolhe regularmente opiniões dos passageiros através de inquéritos de satisfação e tem recebido sugestões para reforçar o apelo ao uso de auriculares durante as viagens. A empresa está a estudar a hipótese de incluir esta recomendação nos avisos iniciais de cada viagem, caso a problemática se intensifique.
Este cenário sublinha a necessidade de encontrar um equilíbrio entre o conforto individual e o respeito pelo espaço coletivo durante as deslocações, promovendo o civismo e o bem-estar de todos os passageiros.
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