Empreiteiros portugueses querem reconstruir casas que arderam em outubro

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 19-12-2017

A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) defendeu hoje que o setor nacional tem capacidade e está “pronto” para dar a resposta necessária na reconstrução das casas afetadas pelos incêndios de 15 e 16 de outubro.

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A reação da AICCOPN surge depois das declarações da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, que admitiu na segunda-feira poder vir a ser feito um concurso internacional para reconstruir casas afetadas pelos incêndios de outubro, por eventual falta de capacidade de resposta da construção civil nacional.

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Os responsáveis “têm de conhecer este setor de atividade que, até hoje, nunca deixou de responder aos desafios do país, por mais exigentes que estes possam ter sido”, afirmou o presidente da AICCOPN, Reis Campos, citado num comunicado enviado à agência Lusa.

De acordo com Reis Campos, “se os inúmeros projetos que atestam a capacidade das nossas empresas, com especiais exigências, complexidade e dimensão, (…) não são suficientes para descansar os espíritos mais inquietos, podemos sempre olhar para a realidade dos números”.

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A AICCOPN realça que em 2001 foram licenciadas mais de 114 mil habitações, quando em 2016 o total foi de 11.355, e, este ano, até outubro, são 11.690.

“Estes valores demonstram bem que estamos muito abaixo daquela que é a capacidade operacional do setor”, sublinhou o presidente da associação.

Para Reis Campos, a necessidade de resolver a situação “com a maior brevidade possível” não pode “justificar as dúvidas levantadas sobre as empresas, que sempre souberam responder ao país e que estão profundamente mobilizadas para esta tarefa de reconstruir, não apenas edifícios e infraestruturas, mas também reabilitar vidas e comunidades”.

“Tenham os poderes públicos a capacidade de criar as condições para a realização das obras, que as nossas empresas não deixarão de voltar a erguer o que a incompreensível tragédia destruiu”, concluiu o presidente da AICCOPN.

Na segunda-feira, Ana Abrunhosa referiu que, caso não haja empresas nacionais disponíveis para todas as empreitadas, a CCDRC pode “ter que fazer, eventualmente, um concurso internacional”.

“Teremos que fazer eventualmente concursos internacionais para a escolha de consórcios ou para a escolha de empresas porque não sei se o mercado local será suficiente”, acrescentou a presidente da CCDRC.

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