São Lourenço – Associação de Naturais e Amigos da Silveira de Cima, Silveira de Baixo, Salgueiro e Pé da Lomba promove amanhã a Festa Diásporas Mil da Serra da Lousã, para comemorar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. A festa inclui tributos, partilha de farnéis, baile à moda antiga e celebra o 75.º aniversário da Capela de São Lourenço onde outrora se realizava uma das maiores romarias serranas locais.
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O programa começa às 10:00, com a chegada dos primeiros foliões, devotos e caminheiros, devendo prolongar-se até às 17:00, com partilha dos farnéis, música, danças, poesia e jogos tradicionais.
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Às 11:00, o padre António Domingues celebra uma missa campal no largo Armando Marques, junto à capela, construída, em 1947, há 75 anos, pelos moradores a que se seguirá o referido tributo coletivo.
Depois da eucaristia, a Associação São Lourenço presta tributo às pessoas que considera “amigos das Silveiras” uma aldeia na serra da Lousã junto à qual se localiza a capela de S. Lourenço. João Luís Lopes (antigo comandante dos Bombeiros da Lousã, que exerceu idênticas funções nas entidades congéneres de Serpins e Pampilhosa da Serra) e a esposa Maria Evangelina Lopes, os tocadores de concertina Osvaldo Serra (fundador e presidente do Grupo de Concertinistas da Lousã), Jerónimo Serra (filho do estivador e virtuoso músico Manuel Serra) e José Henriques Lopes (oriundo do lugar serrano do Talasnal), são os homenageados.
A título póstumo, será também recordado José Colaço, mais conhecido por Zé Pito, falecido em fevereiro, que durante décadas marcou presença nas festa anual do São Lourenço, da qual era um dos seus animadores, na companhia do acordeonista Tónio Pito, seu filho.
Em nota enviada ao Notícias de Coimbra, a Associação São Lourenço revela que os tributos constituem “mais um momento pela preservação global da memória da Serra da Lousã e de respeito pelas suas pessoas, vivas e falecidas, desde logo os protagonistas locais de tantos percursos da diáspora portuguesa”.
À hora de almoço é altura para partilhar os farnéis à boa maneira serrana com os petiscos tradicionais da Lousã. Poesia e jogos tradicionais completam a hora do repasto em conjugação com a natureza.
Entre outras iniciativas, o programa abrange ainda a pré-apresentação, às 14:15, do 5º Festival Literário Internacional do Interior (FLII) – Palavras de Fogo, organizado pela Cooperativa Arte-Via, da Lousã.
Logo depois, realiza-se a apresentação do livro “O canto popular e as migrações internas”, do investigador Aires Henriques, de Pedrógão Grande, que inclui passagens relacionadas com a Serra da Lousã. Prefaciada pelo jornalista Casimiro Simões, a obra etnográfica foi editada em maio pela Câmara Municipal de Lousada.
A Associação divulga ser seu papel a “preservação da cultura serrana, apoiando há longos anos as festividades e o sonho de fazer renascer as Silveiras, com verdadeiro espírito comunitário e cívico”.
Apoiam a iniciativa a Câmara da Lousã, o jornal Trevim, a Cooperativa Arte-Via, os Bombeiros Municipais da Lousã, a Liga de Amigos do Museu Dr. Louzã Henriques e a Junta de Freguesia da Lousã e Vilarinho.
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