Região

Septuagenária cega perde casa em incêndio em Góis (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 02-12-2021

Adelina Carvalho, de 70 anos, perdeu tudo o que tinha num incêndio que, a 8 de novembro, lhe consumiu a casa, em Sacões de Cima, Vila Nova do Ceira, no concelho de Góis. Invisual de nascença sempre foi autónoma, mas agora está a viver em casa do irmão e da cunhada. Sem possibilidades de reconstruir a habitação, apela à solidariedade de quem puder ajudar. 

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“Tinha três pinhas numa caixa ainda um bocadinho desviadas do fogão, caiu uma acha para cima das pinhas, aquilo começou a moer até que eu tentei apagar mas já não consegui, quanto mais água jogava mais aquilo se incendiava”, recorda Adelina, que só teve tempo de sair de casa com a roupa que tinha no corpo.

“A minha sorte foi que o fogo passou para o forro da cozinha, todo em madeira, o lume passou por cima de mim e começou a estalar e eu assim que vi vim-me embora para a rua”, descreve, contando que foi socorrida por um vizinho.

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“Ficou tudo, tudo destruído”, lamenta a septuagenária que era “totalmente autónoma” antes do fogo lhe ter levado todos os bens.  “Eu sempre aqui vivi, sempre aqui estive, sempre fiz a minha comida”, relata ao NDC.

O fogo, que começou na cozinha, alastrou ao primeiro andar da casa e consumiu a maior parte das divisões. O chão agora é um amontoado de destroços, onde telhas partidas se misturam com calçado e peças de roupa queimadas.

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“Só fiquei com a roupinha do corpo”, afirma Adelina. “Tenho muitas saudades do meu espaço. Era o meu ninho, o meu refúgio, o meu canto”, acrescenta com a voz triste.

A idosa foi acolhida pelo irmão, Serafim, e pela cunhada, Leopoldina, residentes numa localidade próxima. A casa ficou inabitável e para a reconstruir são necessárias obras no valor de 40 mil euros. A família não tem possibilidades económicas e abriu uma conta solidária com o  IBAN: PT50 0045 3453 4034 8054 6553 8.

“A reforma da minha irmã só da para comer no dia a dia”, garante Serafim Carvalho que está disposto a arregaçar as mangas e a reerguer a casa que é uma herança dos pais. “Eu para a semana ou para a outra já quero por o telhado”, afiança, determinado, assegurando que faz questão de explicar a quem ajudar onde foi gasto o dinheiro doado.

“Dentro dos possíveis estamos a fazer o melhor que podemos”, diz, emocionada, Leopoldina, que tem sido o grande apoio da cunhada.

Adelina pede agora a ajuda de todos para poder recuperar o seu “cantinho” e a sua vida. “Nem que seja um cêntimo, a conta já cresce”, apela.

 

Adelina Carvalho recorda o incêndio ao NDC:

Veja o estado em que ficou a casa de Adelina Carvalho:

Leopoldina Carvalho, cunhada de Adelina, acolheu-a na sua casa:

Serafim Carvalho, irmão de Adelina, quer reconstruir a casa destruída:

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