Coimbra

“Senhor Ministro explique por favor porque é que em outubro ainda faz calor?” (com vídeos)

Bruna Correia | 2 anos atrás em 06-10-2022

Cerca de 30 estudantes juntaram-se numa manifestação pelo clima, dia 6 de outubro, e percorreram as principais ruas de Coimbra. A Greve Climática Estudantil partiu da Praça D. Dinis, passando pela Rotunda do Papa e Praça da República, até à Praça 8 de Maio. A paragem foi em frente à Câmara Municipal de Coimbra, onde leram o manifesto e exigiram o fim do abate de árvores e a aquisição de mais SMTUC – Transportes Urbanos de Coimbra.

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A greve realizou-se no âmbito do movimento internacional Fridays for Future, também conhecido como Juventude pelo Clima. Mariana Garrido, estudante de Direito e porta-voz do núcleo de Coimbra, explicou ao NDC que esta manifestação consistiu nas problemáticas locais. “O nosso foco é a transição energética, isto é, transitarmos combustíveis fósseis para as energias renováveis. E todo esse processo tem de ser feito de forma cautelosa para assegurar que os empregos perdidos com a transformação da indústria destes combustíveis fósseis sejam compensados”, avançou.

Além do abate de árvores “em série que está a ser feito e insuficientemente injustificado” em Coimbra, Mariana Garrido destacou ainda o facto de os transportes serem insuficientes: “Nós defendemos uma expansão e um investimento em mais autocarros para que circulem com frequência e não tenhamos que recorrer a outros meios de transporte, nomeadamente o transporte individual, que é mais poluente”. A porta-voz acrescentou ainda a importância “de fazer o combate à monocultura do eucalipto, que é altamente inflamável, e reforçar a fiscalização das limpezas florestais”.

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Estudantes de Medicina, Direito, Arquitetura, entre outros cursos, fizeram-se acompanhar de cartazes com várias frases: “Um dia a nossa casa arde e nós ardemos com ela”, “Nenhuma espécie inteligente destruía o seu habitat”, “Isto tem que mudar” e “Mais transportes públicos, mais investimento público”.

Ivan Barbeira, estudante de Antropologia, Globalização e Alterações Climáticas foi um dos participantes na manifestação. “Fiquei muito orgulhoso de poder participar na greve. É bom ver Coimbra, de novo, a tentar dinamizar e fazer algo pelo clima. A luta não está só nos números, está na vontade, e eu vi muita energia e muita gente com vontade de fazer mais”, partilhou.

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