Seminário Maior de Coimbra convida para visitas turísticas

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 13-06-2017

Os turistas que visitam Coimbra vão poder passar a conhecer o Seminário Maior, um “tesouro” com mais de 250 anos no meio da cidade, junto ao Jardim Botânico, com entarda pela Alemeda Júlio Henriques – Rua Vandelli.

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Na segunda-feira, arrancaram as visitas guiadas ao Seminário Maior, um espaço com uma arquitetura marcadamente italiana, que agora dá a conhecer o seu “património e riqueza artística”, afirmou hoje o reitor do espaço, o padre Nuno Santos, durante a conferência de imprensa de apresentação da abertura do local aos turistas.

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Nas visitas guiadas, com a duração de cerca de 50 minutos, os turistas poderão passar pela Igreja da Sagrada Família, pela capela de São Miguel, pela biblioteca velha, pela sala dos azulejos ou pelos aposentos episcopais.

Algumas das entidades civis e religiosas que estiveram presennte na sessão de apresntação

Algumas das entidades civis e religiosas que estiveram pressentes na sessão de apresentação

O edifício é “sui generis” pela sua arquitetura italiana e pelas peças, a maioria originárias de Itália, notou Nuno Santos, sublinhando ainda a cúpula da Igreja – “uma das mais bonitas de Portugal”.

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Miguel Martins

Miguel Martins – Grupo Gala, Padre Nuno Santos -Reitor do Seminário Maior, Pedro Machado – Turismo do Centro na apresentação destas visitas guiadas.

No espaço, encontra-se uma xilogravura (gravura em madeira) de Nunes Pereira, uma tela atribuída a Grão Vasco, um Cristo em marfim e ossos de santos presentes na Capela de São Miguel, uma capela que conta ainda com relíquias que se supunha serem dos túmulos dos 12 apóstolos (três desapareceram durante as invasões francesas).

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Há também um órgão de tubos espanhol do século XVIII, com 1.500 tubos, e duas escadas de caracol com mais de 100 degraus cada. No meio dos mais de 8.500 livros (de 1500 a 1800) da biblioteca velha é possível encontrar um livro de contos eróticos e, nas varandas do seminário, consegue apreciar-se uma vista para o rio Mondego.

O seminário, que perdeu a sua função em 2012, continua a ser a casa de 12 pessoas e a ideia é a de que as pessoas visitem uma casa “habitada”, que é “um oásis de silêncio na cidade”, sublinhou Nuno Santos.

Deixando de formar padres, abriram-se “novas possibilidades”, sendo que a manutenção do edifício “sempre foi uma questão” que ganhou “mais veemência” quando deixou de ter seminaristas, explanou o reitor do seminário.

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A abertura a visitas guiadas, que têm um custo de 5 euros por pessoa, abre também uma porta em termos de recursos económicos, afirmou, referindo que foi feito um investimento de 50 mil euros para preparar o espaço para os turistas.

As visitas guiadas são feitas com recurso a uma parceria com o Grupo Gala, sendo que o seminário fica com 60% das receitas de bilheteira e a empresa privada com os restantes, explanou.

De fora das visitas, ficam, nesta “primeira fase”, o museu de Nunes Pereira, com mais de 15.000 peças, e o acervo de história natural, física e química, bem como outros espaços do seminário.

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“Este é um espaço que a cidade, esmagadoramente, não conhece”, sublinhou o presidente da Turismo Centro, Pedro Machado, considerando que a sua abertura ao turismo permite alargar o “espaço de visitação” da cidade.

pedro machado

Pedro Machado destacou o casamento feliz entre a atividade turística e a cultura. “Nem sempre foi bem visto tirar partido do património para atrair visitantes. Considerava-se que havia o risco de o deteriorar. Felizmente, hoje percebemos que acontece o contrário. É muito fácil aproveitar o fluxo de visitas para preservar e requalificar o património”, salientou Pedro Machado, elogiando o muito que há para ver no edifício: “O Seminário Maior de Coimbra tem um conjunto de acervos riquíssimos que não eram possíveis de visitar”.

O presidente do Turismo Centro de Portugal sublinhou ainda a importância deste momento para a cidade de Coimbra, a nível turístico.“Este espaço permite a quem visita Coimbra alargar o espaço de visitação para além do percurso entre o Largo D. Dinis e a Largo da Portagem. Como consequência, aumenta a taxa de permanência, com reflexos na taxa de ocupação hoteleira, na restauração, no comércio… enfim, em toda a cadeia de valor da atividade turística. A cidade de Coimbra tem de ficar grata com o que se está a fazer aqui hoje”, disse.

O espaço pode ser visitado de segunda a sábado, das 10:00 às 12:00 e das 14:00 às 19:00.

Os espaços agora abertos ao público são o Refeitório, a Escada em Caracol, a Capela de S. Miguel, os Aposentos Episcopais, a Varanda do Mondego, a Biblioteca Velha, a Sala dos Azulejos e a Igreja da Sagrada Família. Uma descrição detalhada sobre cada um pode ser encontrada no Grupo Gala.

Veja o vídeo da nossa emissão em directo:

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